Até o final de julho já devem estar instalados e em funcionamento as 46 lousas digitais Starboard doadas pelas empresas Hitachi e TES à Secretaria Estadual de Educação do Estado (SEE). Os novos equipamentos vão atender três escolas da Região Metropolitana do Recife (RMR), sendo uma técnica, uma de referência e outra regular. Ainda essa semana, os professores dessas escolas irão passar por treinamento para garantir o aproveitamento dos recursos oferecidos pelo aparelho.

Capacitações como essa e produção de conteúdo de apoio, segundo o secretário de educação do Estado, Anderson Gomes, devem aumentar o uso da tecnologia como aliado na educação. “Queremos incentivar a produção de mais opções de material de apoio multimídia, além dos mais de 300 disponíveis hoje. Mas, para isso, vamos treinar nossos professores para adaptar esse conteúdo ao nosso currículo”, afirmou Anderson.

A tecnologia da lousa digital é sustentada em sensores infravermelhos, que habilitam a função touch (sensível ao toque), a partir de um digitalizador que transforma qualquer superfície plana em interativa. Para garantir seu funcionamento, o aparelho só requer um computador, um datashow e uma superfície lisa. Ele perce­be até três toques simultâneos. Além disso, o Starboard tem o licenciamento do software gratuito, assim como o seu uso.

O aparelho funciona como um periférico do computador e consegue abrir em até 90 polegadas. Enquanto o computador roda o software, o retroprojetor reproduz a imagem no quadro ou na parede e o equipamento garante a interatividade por meio da luz que reflete na moldura. Ele não é um quadro em si, mas torna o tradicional “quadro negro” interativo, com todos os recursos de um quadro comum.

Com o Starboard é possível buscar informação interativa no momento da aula, desenhar e fazer anotações por cima do material, salvar, imprimir e até compartilhar o material com os alunos em sala de aula. “Esse é um tipo de quadro que se adapta muito bem às escolas técnicas pelo potencial. Talvez, em um primeiro momento, iremos colocá-lo em todas as escolas técnicas e depois estudar a viabilidade nas outras escolas”, explica Anderson Gomes.

“Lousa digital já é um termo conhecido desde 1997. Mas esse equipamento é diferente. Ele possui baixo custo, o que facilita a sua implementação por governos que precisam do material em larga escala”, comenta a representante no Brasil da Hitachi, Vivian Manso. A ideia da empresa é, justamente, testar o uso em grande escala no País. “Ele já é usado dessa forma em outros países e queremos ter esse feedback aqui”, pontua Vivian.

De acordo com ela, a tecnologia pode auxiliar não apenas na melhoria das ferramentas e condições de ensino, mas também no próprio processo de passagem de conteúdo e aprendizagem. “Isso favorece que professores com mal de Parkinson, por exemplo, possam usar a tecnologia facilmente, bem como alunos com necessidades especiais, possam dominar a lousa digital sem qualquer problema”, comenta a representante no Brasil da Hitachi.

Fonte: FOLHA-PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)