Mais drama, menos agito
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O que se tem, entretanto, é pouco em termos de sequências de ação, considerando o custo da produção – de US$ 215 milhões -, que quer abocanhar uma larga fatia do mercado e entra no Brasil em mais de mil salas. Agora dirigido por Marc Webb (do bacana “500 Dias com Ela”), o “Espetacular Homem Aranha” dá continuidade à franquia milionária que iniciou em 2002, com Tobey Maguire no papel título, e que rendeu duas sequências (2004, 2007), ambas sob a direção de Sam Raimi.
Os fãs já sabem, e não é de hoje, que tudo está diferente. A começar pela opção em chamar Webb para encenar a dramaturgia sobre o pobre garoto novaiorquino criado pela tia, que é mordido por uma aranha geneticamente modificada, e que passa a ter poderes tais quais o aracnídeo.
Weeb, sob o roteiro de James Vanderbilt, Alvin Sargent, Steve Kloves, tendo como mote o personagem criado por Stan Lee e Steve Ditko, chegou exatamente para amplificar a gama dramática na história do jovem Peter Parker, uma vez que “O Espetacular…” é a chamada “prequel”, ou “pré-sequência”, contando o que veio antes da história que todos já conhecemos.
E o diretor, de fato, consegue aumentar a dimensão nesse campo de conflitos humanos de Parker. No caso, muito bem amparado pelo ator Andrew Garfield, como o homem-aranha, e tendo atores do quilate de Sally Field e Martin Sheen (como os tios May e Ben). Diferente daquela versão que retomou o super-herói em 2002, agora conhecemos melhor Parker pela sua relação com seus tios. Antes da morte do tio Ben, vamos saber o quanto os valores do jovem Parker irão ser vinculados à postura deste homem e suas convicções contra a humilhação e a vingança.
Sabemos ainda a razão do abandono dos pais de Parker, quando ele ainda era um garoto, e como isso estará ligado ao seu primeiro arqui-inimigo, o Lagarto (Rhys Ifans). Parker ainda está no 2º grau, e aqui nem chegou a conhecer Mary Jane.
AÇÃO
Mas, a expectativa da maior parte dos espectadores de filmes de heróis com roupa colante está atrelada às cenas de ação. “O Espetacular Homem-Aranhã” não decepciona, mas pode deixar alguns ainda com fome, mesmo depois do prato principal já servido.
Aqui, é inegável a beleza das imagens mostradas pela perspectiva do herói aracnídeo enquanto balança por suas teias entre os arranha-céu de Manhattan. As imagens, por si só, oferecem a vertigem dos voos do herói que os títulos anteriores não nos deram.
Mas quando o assunto são as lutas entre o Aranha e o Lagarto – vilão de baixa empatia -, as situações parecem não estimular a adrenalina do espectador. Melhor se sai o diretor Webb, como esperado, ao arquitetar os primeiros momentos de Parker com seus superpoderes.
Desde a confusão atrapalhada que arma no metrô, passando pelo jogo de basquete com o valentão na escola, Flash (Chris Zylka), até a conquista da garota inatingível na sala de aula Gwen (Emma Stone, personagem que foi de Bryce Dallas Howard em 2007), são nestes momentos que “O Espetacular…” mostra a que veio.
Assim, o filme assume-se mais como uma obra superproduzida e pirotécnica a respeito do universo adolescentes e suas atribulações. O que não é um problema desde que você não tenha colocado fé nessa franquia como um trabalho que se preocupa com exigências de adultos maduros.
Fonte: FolhaPE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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