Médicos formados no exterior têm até terça para validar diploma em PE
Vai até esta terça-feira (29) o prazo de inscrições no Provalida, o programa da Universidade de Pernambuco (UPE) que permite a validação do diploma de médicos graduados no exterior. O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos do estado (Simepe) chegaram a pedir à justiça a suspensão do programa afirmando que o processo possui irregularidades.
“Existe uma revalidação nacional chamada Revalida. Ela é referendada por todas as entidadades médicas nacionais, portanto não há porque o estado de Pernambuco fazer uma validação própria”, defende Fernando Cabral, vice-presidente do Sindicato dos Médicos. “O Revalida é um processo nacional. O Provalida é um processo, aqui no estado de Pernambuco, aberto a qualquer médico brasileiro ou estrangeiro que teve seu diploma obtido no exterior mas assume o compromisso de trabalhar para os cidadãos de Pernambuco, contratados pelo município com um salário profissional”, explica Rivaldo Albuquerque, vice-reitor da UPE.
O Provalida exige que os candidatos apresentem documentos provando uma carga horária do curso feito no exterior de, no mínimo, 7 mil e 200 horas, com pelo menos 35 % desse tempo tenham sido aproveitados com estágios; o curso deve ter durado, pelo menos, 6 anos. Se cumprir esses requisitos, o candidato vai para a segunda fase. Serão duas provas escritas com questões sobre as cinco áreas básicas da medicina (pediatria, clínica médica, clínica cirúrgica, ginecologia e obstetrícia e saúde coletiva). Na última fase, um grupo de professores vai avaliar a capacidade de comunicação e qualidade do atendimento do médico com o paciente. Todo esse processo deve demorar seis meses.
Universidades públicas de todo o país são autorizadas a fazer um processo de validação de diploma e garantir que o profissional, formado lá fora, está apto a trabalhar no Brasil. Esta é a primeira vez que a UPE organiza essa seleção. Quem for aprovado nessa seleção terá que trabalhar durante dois anos, no mínimo, em unidades ligadas ao SUS, no interior do estado.
A secretaria de saúde quer que os moradores de 168 cidades do interior que têm baixos índices de qualidade de vida tenham mais acesso a médicos. Para cobrir todas essas cidades é necessário contratar 477 profissionais. “O interesse por medicina da família e comunidade ainda é pequeno. A concorrência é de 0,3 candidatos para uma vaga, enquanto que em residências de maior especialidade essa concorrência chega a vinte candidatos por vaga. O Provalida é apenas uma ação dentro de uma política de provisão e melhoria da assistência médica no estado”, explica Cinthia Alves, secretária executiva de Gestão do Trabalho.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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