Mercado de compra coletiva causa transtornos para consumidores
O mercado de compras coletivas pela internet conquista um número cada vez maior de clientes e já fatura mais de R$ 1 bilhão por ano. Mas a quantidade de reclamações dos consumidores também não para de crescer.
Surpreendentes 92% de desconto. Com ofertas assim os sites de compra coletiva já atraíram mais de 30 milhões de clientes no Brasil. Consumidores frenéticos com uma lista bastante diversificada de produtos. Tem salgadinhos para festa, alisamento de cabelo, viagens internacionais. Produtos que saem mais barato porque são vendidos a centenas de clientes.
As ofertas são tão tentadoras fizeram explodir o volume de vendas. Nos seis primeiros meses deste ano, as empresas lucraram quase R$ 600 milhões. Mas o negócio nem sempre é bom para os dois lados. Basta mudar de página na internet para perceber. No site que registra reclamações de consumidores do país inteiro, as empresas de compra coletiva já estão entre as mais citadas.
As reclamações mais frequentes são a não prestação do serviço contratado ou atrasos para entrega de produtos.
“O ideal é que o consumidor saiba se o lugar vai comportar esse volume que está sendo vendido pelo site”, explica Larissa Davidovich, defensora pública.
Yuri é um desses consumidores: comprou em um site as aulas da auto escola pela metade do preço, e não teve nem metade das aulas. “Era muita gente por turma, muitas vezes e gerava até confusão na auto-escola. Até que um dia eu passei na auto escola em horário de funcionamento e a auto escola estava fechada”, conta Yuri da Silva Miranda, auxiliar técnico.
Para o especialista em direitos do consumidor, em casos como esse, o site tem que se responsabilizar pelo prejuízo. “Se ele participou efetivamente desse serviço, inclusive negociando desconto e auferindo lucro, não há duvida de que também terá que responder pelos prejuízos causados ao consumidor”, explica o advogado Marcelo Carpenter.
Para evitar que a pechincha vire dor de cabeça, a Câmara de Comércio Eletrônico recomenda pesquisa. “Fazer uma busca pelo site, de quem é aquela oferta, mas também do estabelecimento que está ofertando aquele serviço”, afirma.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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