Mesmo sem obrigatoriedade, eleitores fazem do voto uma afirmação da cidadania
No Brasil, o sistema de voto utilizado é o sufrágio universal. Isso quer dizer que qualquer cidadão pode eleger um representante ou se candidatar a um cargo eletivo, sem nenhuma restrição, à exceção de pessoas com incapacidade civil (menores de dezesseis anos e pessoas que, por doença, não consigam exprimir sua vontade ou discernir sobre a vida em sociedade) ou suspensão dos direitos políticos. Além disso, pela promulgação da Lei Nº 4.737/1965, o ato de votar é obrigatório no território tupiniquim. Contudo, a legislação abre espaço para algumas exceções a essa obrigatoriedade.
Entre os legalmente isentos da necessidade de votar, estão os adolescentes entre 16 e 18 anos, os idosos e os analfabetos. Isso porque, pelo entendimento jurídico, essas pessoas se enquadram no perfil de “incapacidade civil relativa”, descrito no artigo 4º do Código Civil Brasileiro. Mas boa parte dessas pessoas, mesmo sem a obrigação, continua exercendo voto.
Entre os acima de 70, o sentimento de pertencimento e de contribuição à política do país é a razão mais citada. Já entre os jovens abaixo dos 18, o aprendizado e o desejo de mudança são os motivos mais recorrentes. “Eu voto pelo desejo de continuar exercendo uma construção democrática. Enquanto eu estiver vivo, eu quero escolher quem me representa melhor”, enfatiza o aposentado Jessé Amorim, de 70 anos.
O Brasil precisa é de mais gente que queira votar e fazer isso com consciência da escolha e das consequências
Já a estudante Maria Clara, de 16 anos, acredita que é importante a participação nas eleições desde cedo. “Porque todas as situações do dia-a-dia passam pela política”, lembra. Ao lado dela, o também estudante de 16, Wesley Oliveira, já com o título em mãos, escolha votar por uma aposta no futuro. “Quando estiver mais velho vou poder cobrar mais ações, e vou colher o meu voto de hoje”, diz.
A aposentada Maria do Carmo, moradora do município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, investe na persistência. Já em preparo para o pleito do próximo dia 7 de outubro, a septuagenária é taxativa. “Enquanto eu puder andar, vou votar. Apesar dos erros cometidos, é necessário lutar”, exclama. E para encorajar os mais de 140 milhões de eleitores brasileiros, Dona Maria do Carmo deixa o recado: “o Brasil precisa é de mais gente que queira votar e fazer isso com consciência da escolha e das consequências”.
Confira, abaixo, o depoimento de Dona Josefa Ribeiro, de 75 anos, sobre o a sua motivação em continuar votando, mesmo tendo a opção de não fazê-lo. A aposentada, moradora do Alto José do Pinho, bairro da Zona Norte recifense, afirma que enquanto andar, vai continuar votando.
Fonte: Ne10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
É importante esse pensamento dos jovens e idosos de quererem exercer o Direito ao voto!!!