Mobília e objetos de Clodovil são colocados à venda
A mobília do apartamento do ex-deputado e estilista Clodovil Hernandes em Brasília será vendida no domingo, em São Paulo, para atender a uma decisão da Justiça. O dinheiro arrecadado com a venda de móveis, eletroeletrônicos, talheres e objetos de arte e decoração ajudará a quitar dívidas deixadas pelo estilista, que morreu há três anos. A expectativa dos organizadores do evento é vender todos os lotes até o fim do dia. Senhas serão distribuídas aos visitantes pelo escritório especializado que está promovendo o negócio.
Entre os itens ofertados ao público estão uma cama de casal, um baú da grife Louis Vuitton avaliado em R$ 27 mil, CDs e DVDs autografados, mesa com cadeiras, sofás, bebidas, porcelanas, cristais, quadros, lápis de cor, livros e até um jogo de jantar de porcelana com iniciais, feito especialmente para um jantar com o vice-presidente da República, Michel Temer.
Os bens foram transportados de Brasília para São Paulo num caminhão de mudanças. “Esses bens estavam no guarda-móveis e, por determinação da juíza da 4ª Vara da Família de São Paulo, onde tramita o inventário, teremos de vender o que restou para eliminar as despesas com o próprio guarda-móveis”, explica a advogada de Clodovil, Maria Hebe de Queiroz. Segundo ela, os bens já perderam valor porque o apartamento em Brasília ficou fechado um ano inteiro. “As coisas ficaram cheias de pó, muito judiadas. Quando entrou dinheiro, conseguimos trazer para cá”, explicou ela.
Maria Hebe informou que ainda há processos judiciais em andamento a respeito de dívidas, inclusive com ações em primeira instância, que têm resultados desconhecidos. “No momento, o que tenho para pagar é R$ 250 mil de uma ação. Uma dívida referente à hoje ministra Marta Suplicy”, diz a advogada. Em 2004, a petista processou o estilista por ofensas que ele disse no programa de televisão que comandava.
Estilista consagrado e apresentador de TV, Clodovil não deixou herdeiros. Em testamento, ele nomeou Maria Hebe como inventariante. Restam agora os bens do apartamento e uma casa em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, que é alvo de uma ação na Justiça por avançar em área de proteção ambiental. A casa na qual morou com a mãe, em Cotia (SP), foi vendida por R$ 560 mil. O dinheiro está depositado em uma conta da Justiça.
Interessados
“Disparamos um mailing para 15 mil pessoas cadastradas. Os clientes são variados. Tem de tudo. Um público de A a Z”, disse Patrícia Nora, dona do escritório de artes em São Paulo onde a mobília será vendida. Pela interesse do público, até agora, ela espera vender todos os itens no próprio domingo. Normalmente, negócios nesse tipo de evento levam até três dias para serem finalizados.
Em abril, 156 lotes de objetos do ex-deputado foram comprados por dezenas de interessados, em São Paulo. O valor arrecadado passou de R$ 372 mil, quase quatro vezes mais que a previsão da advogada Maria Hebe de Queiroz, que esperava arrecadar 100 mil.
Fonte: Diário de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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