Mortes em acidentes aéreos no país crescem 115% em um ano

O número de mortes em acidentes aéreos em 2011 no Brasil cresceu 115% em comparação com 2010, de acordo com o balanço do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Foram 84 ocorrências no ano passado contra 39 no ano anterior. Segundo o órgão, o crescimento é decorrente de um aumento também no número de acidentes no período: o número passou de 110 para 128 (variação de 16,3%).

Para o Cenipa, ainda não é possível concluir se esses dados representam um aumento de risco na aviação porque eles vêm acompanhados do crescimento contínuo do movimento de aeronaves e da frota brasileira. Dados do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) mostram que o tráfego aéreo cresceu 36% entre os anos 2007 e 2010, passando de 2.717.463 para 3.703.749 voos por ano. A aeronáutica ainda não possui o número de voos ocorridos em 2011 para calcular o índice relativo de acidentes.

É possível observar, no entanto, por meio de balanços, que o número de acidentes havia diminuído em anos anteriores mesmo com o crescimento da frota. Foram 114 em 2009 contra 110 no ano seguinte. Isso demonstra que há outros fatores, além do crescimento da frota e dos voos, envolvidos na oscilação do número de acidentes. Profissionais do setor aéreo ouvidos pelo R7 apontam deficiências na área que merecem atenção por parte das autoridades e que, se sanadas, segundo eles, podem ajudar a reduzir essas ocorrências.

Fiscalização

Para o especialista em gerenciamento de riscos, Gustavo da Cunha Mello, o aumento da fiscalização dos pilotos é uma medida fundamental para a melhoria da segurança no espaço aéreo. Ele afirma que a queda nos preços de jatinhos e helicópteros facilitou o acesso a esses veículos e elevou o número de pequenos voos pelo país, que acabam sendo realizados sem supervisão de órgãos oficiais.

– Se um fazendeiro, por exemplo, pega um aviãozinho em um domingo e sabe que pode ser pego alcoolizado, ele vai ser mais cuidadoso. O aumento quantitativo de fiscais da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] é fundamental.

O Cenipa confirma que o maior aumento do número de acidentes foi na aviação geral, que engloba a aviação agrícola e a aviação particular, mas o balanço anual ainda não apresentava, até a publicação desta notícia, o detalhamento de quanto foi esse aumento.

Mello lembra a queda do helicóptero que levava a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na Bahia, em junho de 2011. De acordo com ele, o piloto não tinha licença para voar e passou um rádio com o brevê de outro piloto.

– Essa é uma situação muito grave, um absurdo, que mostra o quanto a fiscalização é falha. Esses acidentes de pequenas proporções acabam engrossando a estatística.

A Anac cita a capacitação de recursos humanos como outra questão a ser trabalhada. De acordo com o órgão, o número de licenças emitidas entre 2007 e 2011 cresceu 97% no país, com pico em 2009. O balanço do Cenipa comprova a influência do despreparo dos pilotos na ocorrência de acidentes. Na aviação civil como um todo, o julgamento (decisão errada do comandante) contribuiu para 58% dos acidentes entre 2001 e 2010. Entre os voos de helicóptero, 33% dos acidentes foram causados por perda de controle em voo.

Helicópteros

Uma análise mais detalhada dos dados do Cenipa mostra que o crescimento do número de acidentes que envolvem helicóptero (20%) foi maior que o de aviões (17,7%).

O presidente da Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero), comandante Rodrigo Duarte, diz que o índice está dentro dos padrões internacionais, mas que pode ser reduzido. Ele afirma que a entidade luta há muitos anos para uma melhoria na capacitação dos pilotos, pois os centros de preparação oferecem um ensino “sucateado”.

– A investigação de muitos acidentes mostra que eles tiveram relação com a falta de experiência dos pilotos, que faltou bagagem. Propusemos, junto com a Anac, 116 mudanças na legislação que regulamenta a formação dos pilotos. Vai custar mais caro, mas é essencial.

O presidente da empresa de táxi aéreo Helimarte, comandante Jorge Bittar Neto, aponta outro problema que contribui para os acidentes: a circulação de helicópteros sem a fiscalização da Anac. Mesmo atuando em São Paulo, que detém 40% da frota de helicópteros do país, Bittar diz enfrentar diariamente o problema da clandestinidade, que resulta na circulação de pilotos sem experiência e, portanto, em voos menos seguros.

– Eles fazem voos mais baratos, mas também não cumprem uma série de exigências, como a vistoria mecânica. E a Anac não fiscaliza.

Fonte: R7

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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