Natal terá R$ 139 bilhões no mercado com 13º salário
Os brasileiros terão um Natal mais gordo em 2012. Cálculos da agência classificadora de risco de crédito Austin Rating, com base no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que o pagamento do 13º salário deverá injetar perto de R$ 139,9 bilhões na economia brasileira até o próximo mês de dezembro, impulsionando o mercado. O valor, que corresponde a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tem como base o benefício a ser pago aos trabalhadores formais. A expectativa é que esse ano o montante avance 7,92% sobre o valor recebido pelos empregados em 2011. O impacto adicional será de pelo menos R$ 21,3 bilhões na comparação com volume total de 2011, que ficou em R$ 118,6 bilhões.
Do total a ser recebido, 22,5% (R$ 31,4 bilhões), serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros 77,5%( R$ 108 bilhões) serão recebidos pelos empregados formalizados, incluindo os domésticos. Entre os 92 milhões de brasileiros que deverão receber o 13º salário em 2012, 37,1% (34,3 milhões) são aposentados ou pensionistas do INSS. O número de pessoas que receberão o 13º em 2012 também crescerá, registrando avanço de 7,9% em comparação ao registrado ao de 2011. Os empregados formais – 58,2 milhões de pessoas – correspondem a 62,9% do total. Os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 1,9 milhão, o que equivale a 2,1% desse conjunto de beneficiários.
De acordo com Felipe Queiroz, analista da Austin Rating, o dinheiro do 13º salário representará uma injeção de ânimo na economia do país. “Em 2012, como nos últimos anos, as crises internacionais têm afetado sensivelmente o desempenho da economia brasileira”, explica. Segundo ele, ao longo do ano, o cenário econômico mundial permaneceu incerto em função do agravamento da crise europeia, decorrente do impasse político na Grécia e dos sinais de fragilidade do sistema bancário espanhol.
Isso sem contar a tímida recuperação da economia dos Estados Unidos e o desaquecimento nas economias emergentes, com destaque para a China. “A piora no cenário econômico global afetou tanto o nível de atividade da economia brasileira como as expectativas dos agentes econômicos”, explica. Queiroz lembra que para conter os efeitos da contração da demanda internacional sobre a economia doméstica, o governo adotou diversas medidas para estimular a atividade doméstica, como redução da taxa básica de juros (Selic) e desoneração fiscal. Foram essas medidas, ao lado da manutenção da taxa de desemprego em patamares baixos, ampliação da renda real da população e da oferta de crédito, que mantiveram a demanda doméstica aquecida.
Reflexo no comércio
Segundo a Austin Rating, o mais provável é que o comércio varejista brasileiro encerre o ano de 2012 com alta de 9% nas vendas em comparação com 2011. Num cenário mais otimista, as vendas no ano deverão crescer 9,6% sobre o exercício anterior. Na previsão pessimista, a expansão nas vendas ficará em cerca de 8,3%, na mesma base de comparação.
Fonte: Estado de Minas
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário