No Recife, Geraldo Júlio quer Jarbas Vasconcelos subindo em seu palanque
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Na primeira entrevista a um blog de política depois de ter sido anunciado oficialmente como candidato a prefeito pelo PSB, na quinta-feira, eu perguntei a Geraldo Júlio, na sexta-feira, em seu escritório político, se ele gostaria de ter o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, já em seu palanque nestas eleições. Lembrei que o nome dele era associado a direita, pelos correligionários socilistas, antes que voltasse a se entender com o governador Eduardo Campos, nestas eleições.
A resposta do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do Estado não poderia ser mais política. Afinal, em ano de eleição, apoio não se recusa. Pode-se até esconder do eleitor, mas não se recusa.
“Jarbas foi eleito pela Frente Popular (no passado), é senador da República. Pode ajudar muito a fazer um bom governo. É uma pessoa respeitada desta unidade, que quer colocar o Recife em outro ritmo. (A posição de subir no palanque) é uma decisão dele. Nós respeitamos, é um apoio importante, de um grupo importante, de grande qualidade. Ele e todos da Frente Popular vão estar no palanque”, afirmou.
Os dois caciques estavam rompidos política e pessoalmente desde 1992, tempo em que protagonizaram vários episódios de duro confronto. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) reataram os laços apenas nestas eleições. E estão dispostos a estreitá-los. Agora, os dois contam com um objetivo comum: o PT.
Restam na oposição o deputado federal Mendonça Filho, do DEM, e o estadual Daniel Coelho, do PSDB, que vão ter de convencer o eleitorado de que são “o diferente e a alternativa” para a cidade, e que PSB e PT são a mesma coisa e corresponsáveis pela atual gestão. Mendonça e Daniel terão de adotar um discurso convincente de que o povo não quer só trocar o gestor.
O reporter especial de Política do JC, Sérgio Montenegro Filho, ajuda a contextualizar as rusgas do passado, abaixo.
Consolidar a paz política, no entanto, não será tarefa fácil para nenhum dos lados. Embora os dois já estejam dividindo o mesmo palanque no Recife, será preciso algum esforço para minimizar o clima de inimizade que se criou entre os aliados de cada lado, que precisam ser convencidos da trégua. Alguns episódios de confronto deixaram mágoas profundas, como o caso dos precatórios, amplamente utilizado em campanha por Jarbas para vencer Arraes e, posteriormente, lançado contra o próprio Eduardo Campos nas disputas mais recentes.
Os dois principais embates nas urnas também deixaram rusgas. No pleito de 1998, quando impôs mais de um milhão de votos de vantagem sobre Arraes – que tentava a reeleição para o governo do Estado – Jarbas abriu um imenso abismo entre ele e o “outro lado”. Na eleição de 2010, foi a vez de Eduardo tornar esse abismo praticamente intransponível ao dar um troco ao peemedebista derrotando-o por cerca de três milhões de votos de diferença.
O último episódio de atrito entre os dois ex-desafetos envolveu a indicação da mãe do governador – a então deputada federal Ana Arraes (PSB) – para o Tribunal de Contas da União (TCU). Em um discurso inflamado, Jarbas acusou Eduardo de praticar “nepotismo” e “compadrio”, ao deixar seus afazeres no Estado para interferir diretamente na eleição de Ana, que conquistou a vaga no TCU.
Embora os dois já troquem elogios e até amabilidades, todo esse “peso” ainda paira no ar e terá que ser superado. O que parece ser a intenção que ambos demonstraram, no início do mês passado, em seu primeiro encontro público após duas décadas de confronto.
Fonte: NE10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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