No vermelho, Fluminense tem dívida total de R$ 415 milhões

As contas do Fluminense foram postas à mesa. Em um café da manhã nas Laranjeiras nesta sexta-feira, o presidente Peter Siemsen mostrou um variado cardápio de dívidas que deixaram o clube à míngua, sem dinheiro em caixa para investimentos e até para o pagamento de salários de novembro, o que só será possível através de um novo empréstimo de cerca de R$ 2,2 milhões. Hoje, o tetracampeão brasileiro segue uma dieta rígida, porque é obrigado a cortar toda a gordura do orçamento e depende de parceiros para concretizar projetos e reformas e bancar a maior parte do salários dos jogadores.

O abismo que separa um clube com dificuldades financeiras de um time de futebol milionário veio à tona quando a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) penhorou parte do prêmio de R$ 9 milhões, pago pela CBF pelo tetracampeonato. Desde então, o Fluminense, que contava com o dinheiro para fechar o ano, atrasou o salário de dezembro. A PGFN agiu para garantir o pagamento de parcelas referentes às dívidas trabalhista e previdenciária de R$ 35 milhões, acumuladas somente no período de 2007 a 2010, quando o clube não teria recolhido impostos. Mas o rombo é bem maior.

A dívida geral do Fluminense é de aproximadamente R$ 415 milhões. Muito além dos R$ 130 milhões de receita que o clube teve este ano, quase o dobro do ano passado, com faturamento obtido com o contrato de transmissão da TV (cujo valor não é divulgado oficialmente), venda de jogadores, mensalidade de sócios, bilheteria e patrocínio da Adidas (R$ 9 milhões) para o fornecimento de material. Ainda assim, o Fluminense terminou 2012 com déficit de R$ 5 milhões (contra R$ 34 milhões de 2011). Para 2013, o déficit previsto é de R$ 26 milhões. A dívida fiscal é de R$ 215 milhões, e a trabalhista, de R$ 200 milhões, ainda que, na visão da atual administração, os valores possam ser menores.

– Sem a dívida, nosso superávit este ano seria de R$ 1,5 milhão. Em relação à dívida trabalhista, este valor de R$ 200 milhões não é real, porque, desconsiderando a cláusula penal (aplicada quando o clube não cumpre sua parte do contrato com um funcionário ou jogador), tirando os R$ 92 milhões do Ato Trabalhista e mais R$ 30 milhões dos processos em tramitação, o valor pode cair para R$ 78 milhões – disse Peter Siemsen.

Estrelas valem por toda a folha

A realidade, no entanto, é indigesta. O Fluminense conseguiu desmembrar a dívida cobrada pela PGFN em parcelas de R$ 998 mil, pagas durante os últimos três meses. Em janeiro, o valor aumentará para R$ 1,2 milhão. A folha salarial de todo o clube, incluindo a menor parte do pagamento de salários dos jogadores e dos funcionários que trabalham nas Laranjeiras e em Xerém é de R$ 2,2 milhões. Somente os salários das três maiores estrelas do elenco chega perto deste valor. Juntos, Fred, Thiago Neves e Deco custam R$ 2,1 milhões. Mas a maior parte deste valor é pago pela Unimed que, mensalmente, investe um valor que varia entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões somente no futebol. A verba é destinada ao pagamento de direito de imagem para os jogadores e membros da comissão técnica do Fluminense.

– Evitamos dívidas novas e cumprimos os nossos compromissos, mas não temos dinheiro em caixa para fazer investimentos. Já pagamos R$ 23 milhões de dívidas em nossa gestão. O Fluminense, hoje, não é um clube nem rico nem pobre. O importante é ser campeão sem que isto signifique prejuízo para o clube – explicou o presidente tricolor.

Em campo, a Unimed banca o futebol. Fora dele, foi com uma parceria com a Brahma que o Fluminense pôde reformar o vestiário e a sala de musculação das Laranjeiras, criar uma nova e moderna sala de troféus e o bar temático no lugar do antigo restaurante da sede. Tudo a custo zero para as finanças do clube.

– Para investimentos, o Fluminense depende hoje de parceiros – declarou o superintendente geral do clube, Jackson Vasconcelos.

Além dos parceiros citados, o Fluminense, a exemplo dos demais grandes clubes do Rio, fechou um acordo com a Prefeitura para a construção de Centros de Treinamento. O do tricolor será em um terreno doado pelo município no início da Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca. O clube irá receber, além do terreno, R$ 6 milhões para a construção dos campos e toda a estrutura administrativa do CT. O dinheiro, segundo Jackson, não correrá o risco de ser penhorado.

– O alvo da Receita Federal é o contrato de TV, porque é uma renda certa e não depende de variáveis – disse o dirigente.

Este ano, parte da verba do contrato de transmissão da TV foram penhorados, assim como parte do dinheiro da venda do lateral direito Wallace para o Chelsea por R$ 14 milhões.

– A renda da TV serve de garantia para tudo. Além disto, tudo que entra, e não é receita extraordinária, corre o risco de penhora – declarou Peter.

Enquanto aguarda a votação do orçamento para 2013 pelo conselho deliberativo, o presidente planeja possíveis receitas e elege o Sócio Futebol como um programa salvador. Mas a dificuldade de acesso da torcida ao Engenhão e a indefinição em relação ao edital de licitação do Maracanã deixam o clube sem poder contar ao certo com a renda de bilheteria, que tem diminuído ao longo dos anos. Para a próxima temporada, Siemsen não descarta pedir emprestado ao Vasco o Estádio de São Januário, mas ainda não teve nenhuma conversa neste sentido com os dirigentes daquele clube.

Sobre a possível contratação de Conca, o dirigente manteve o discurso de austeridade e evitou dar esperança à torcida:

– Temos uma barreira grande, que é o alto valor do contrato dele com os chineses. O clube precisa querer liberar o Conca. Não vou fazer nenhuma loucura que eu não possa cumprir.

Fonte: O Globo

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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