ONU faz alerta sobre crescente uso da internet com fins terroristas
A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um alerta, nesta segunda-feira (22), sobre o crescente uso da internet para glorificar, planejar e cometer atentados terroristas. A entidade ainda acrescentou que é “cada vez mais comum” a utilização da rede em alguma de suas fases de preparação.
“Potenciais terroristas usam a última tecnologia da comunicação para alcançarem uma audiência mundial, de forma relativamente anônima e com um baixo custo”, explicou o diretor do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC), Yuri Fedotov, em uma entrevista coletiva na capital austríaca. Esta é a principal conclusão da publicação “O Uso da Internet Para Fins Terroristas”, divulgada em Viena nesta segunda-feira.
De acordo com a publicação, os grupos terroristas utilizam a internet para recrutar, financiar e divulgar a propaganda de quem glorifica a violência, declarou o alto funcionário da ONU. As organizações terroristas também fazem uso da rede para treinar e incitar seus seguidores a perpetrar atentados, aponta o relatório, o primeiro com este perfil que é divulgado pelas Nações Unidas.
O relatório pretende servir de instrumento para os países-membros da UNODC, além de oferecer exemplos de bons métodos em aspectos práticos e legais relacionados com a investigação das atividades terroristas. “Assim como o uso da internet entre os cidadãos comuns aumentou nos últimos anos, as organizações terroristas também fazem um amplo uso desta rede global”, destacou Fedotov.
Em suas conclusões, a ONU destaca a necessidade de melhorar a cooperação internacional e o trabalho com o setor privado. A entidade ainda destaca a colaboração com as empresas de telecomunicações para ter acesso aos dados de navegação durante investigações.
Entre os exemplos de boas práticas na cooperação internacional de Estados, destaca-se o trabalho conjunto entre as autoridades da Colômbia e da Espanha para deter um suposto membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O preso, identificado apenas como “Leonardo”, foi detido em 2008 na Espanha após o envio de provas fornecidas pela Colômbia sobre sua participação em uma plataforma internacional de apoio financeiro às Farc, destaca o relatório das Nações Unidas.
Fonte: Agência Efe
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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