ONU suspende monitoramento na Síria por aumento na violência
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Os monitores das Nações Unidas na Síria suspenderam as operações devido ao aumento da violência nos últimos 10 dias, disse o chefe da missão de observadores neste sábado (16).
Devido à intensificação da violência armada nestes dez dias (…) e aos riscos, a missão de observadores da ONU (UNSMIS) suspende suas atividades. Os observadores não vão conduzir patrulhas e vão permanecer em seus lugares até segunda ordem”, declarou o general Robert Mood.
Tanto os rebeldes sírios quanto as forças leais ao presidente Bashar al Assad estão intensificando a violência na Síria e buscando ganhos militares em vez de uma transição pacífica, disse Mood, nesta sexta (15).
No campo diplomático, a Rússia continua resistindo à pressão ocidental para discutir uma Síria pós-Assad, e a França acenou com a possibilidade de entregar equipamentos de comunicação aos rebeldes para estimular uma “revolta mais forte”.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que mais 34 pessoas foram mortas nestaa sexta-feira na Síria, a maioria por forças de Assad, além de seis soldados.
“A violência nos últimos dez dias se intensificou, de novo propositalmente por ambas as partes, com baixas em ambos os lados, e com risco significativo aos nossos observadores”, disse Mood a jornalistas em Damasco.
“Parece haver uma falta de disposição em ver uma transição pacífica. Ao invés disso, há um avanço rumo a posições militares.”
Em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que discussões acerca de uma transformação política na Síria após Assad “não estão sendo realizadas e não podem ser realizadas, porque decidir pelo povo sírio contradiz completamente a nossa posição”.
“Não nos envolvemos em derrubar regimes – nem pela aprovação de ações unilaterais por parte do Conselho de Segurança da ONU, nem pela participação em nenhuma trama política.”
Suas declarações foram uma resposta a um comentário da porta-voz do Departamento de Estados dos EUA, Victoria Nuland, sugerindo que Washington e Moscou estariam discutindo uma estratégia para a Síria pós-Assad.
Rússia e China
A chancelaria russa também rejeitou acusações dos EUA de que a Rússia estaria fornecendo helicópteros militares de ataque à Síria. Segundo o governo russo, os helicópteros já pertenciam à Síria, e haviam sido enviados à Rússia para reparos.
Rússia e China têm usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir qualquer ação do órgão contra Assad, que há 15 meses reprime com violência manifestações por democracia.
Guerra Civil
O confronto se agravou nas últimas semanas, levando um alto funcionário da ONU a falar pela primeira vez em guerra civil. O presidente da vizinha Turquia, Abdullah Gul, disse que seus piores temores estão se realizando. “Nosso maior medo era chegar ao ponto em que estamos hoje, é quase um estado de guerra civil. Fizemos o que pudemos, infelizmente a situação está pior”, disse ele à CNN turca.
A entidade Human Rights Watch (HRW) acusou as forças de Assad, com base em entrevistas com vítimas, de usarem estupros e outras formas de violência sexual contra homens, mulheres e crianças.
“As agressões não se limitam a instalações prisionais – forças do governo e membros da milícia governista ‘shabiha’ também agrediram sexualmente mulheres e meninas durante revistas domiciliares”, disse Sarah Leah Whitson, diretora da HRW para o Oriente Médio.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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