Operação manda três mil toneladas de lixo de Noronha para o continente
Uma verdadeira montanha de lixo está sendo removida do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. A Administração da Ilha montou uma megaoperação para retirada de três mil toneladas – cerca de três milhões de quilos – de plástico, latas, madeira e até lixo orgânico (restos de comida), que estão acumulados em Noronha. No trabalho estão sendo usados sete caminhões, três guinchos, um rebocador e uma balsa. As embarcações foram alugadas no Rio de Janeiro.
Ao todo, 34 homens trabalham nesta operação, que envolve a remoção dos sacos com lixo prensado (chamados big bags) com quinhentos quilos cada um, da usina de resíduos até o Porto de Santo Antônio para o embarque. O serviço está sendo realizado em dois turnos até a meia noite. A previsão é que a primeira balsa zarpe de Fernando de Noronha nesta quarta-feira (25) rumo ao Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife. Nesta etapa, devem ser transportadas mil toneladas de lixo. Estima-se que sejam gastos nesta operação cerca de R$ 1,6 milhão, verba do Governo do Estado.
O coordenador de infraestrutura da Administração do Distrito, Paulo Coelho, informou que o lixo começou a ser acumulado em Noronha em 2009, quando a empresa que realizava o transporte para o continente deixou de realizar o trabalho , rompendo um contrato firmado. Foram cinco meses sem a retirada dos resíduos. Após a contratação de uma nova empresa, uma determinação da Capitania dos Portos obrigou que todas as embarcações fossem reformadas, o que gerou mais dois meses de paralisação. Seguindo Paulo Coelho, desde então o governo tenta resolver o problema do lixo acumulado, o que está sendo executado agora.
Isaías Pedro da Silva, responsável pelas atividades de remoção por parte da Universo, empresa que faz a limpeza urbana em Noronha, acredita que o lixo vai voltar a acumular. No arquipélago, são produzidos cerca de 120 toneladas de resíduos por mês, e o navio que faz retirada deste lixo tem transportado cerca de 80 toneladas/mês. O coordenador de Infraestrutura do Distrito discorda desta opinião. Ele acredita que a partir de agora os problemas de acúmulo serão solucionados, até porque o governo está com processo aberto para troca da empresa que faz a limpeza urbana da ilha. “A licitação já foi realizada e o processo está sendo analisado pelo Tribunal de Contas do Estado”, afirma Coelho.
A maioria do lixo que é enviado para o continente poderia ser reciclado e transformado em novos produtos. Paulo Coelho avalia que a reciclagem não é feita em Noronha porque a ilha não tem demanda para consumir tudo que fosse produzido. “A produção seria muito maior que a capacidade de consumo, não é viável”, sentencia o coordenador.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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