Pais e filhos conectados pelas novas tecnologias
Cada pai tem seu jeito, não é mesmo? Existem os corujas, os esportistas, os conservadores e, claro, os ligados em tecnologia.
Não é de hoje que o interesse por aparatos como tablets, smartphones e videogames está crescendo entre os homens, dos mais maduros aos mais novos.
Não basta entender o que é Facebook ou Twitter, tem que participar. Hoje, o pai “antenado” além de ter os filhos adicionados nas redes sociais, trocam mensagens de texto, jogam games eletrônicos e conhecem ícones como Steve Jobs e Mark Zuckerberg, tudo para estarem cada vez mais próximos de seus herdeiros.
Exercer a paternidade em dias modernos representa um grande desafio. Demanda equilíbrio entre liberdade e atenção. O produtor artístico Erik Hoover, de 48 anos, por exemplo, usa vários gadgets para estar sempre em contato com a família. “No momento, meus três filhos estão viajando. Então, usamos da tecnologia para que a saudade não aperte muito. Às vezes, um deles me chama no WhatsApp para que a gente converse pelo Skype, então eu ligo meu iPhone por Bluetooth no carro e batemos papo por muito tempo”, explica.
Ainda de acordo com Hoover, os pais devem se manter atentos e acompanhar a velocidade da informação. “Tenho os três adicionados no Facebook. Acompanho as postagens de cada um, comento suas publicações, além de ficar de olho no que os amigos deles publicam. Essa é a maneira que encontrei para, de certa forma, estar supervisionando eles. Muitos pais não têm ideia do que os filhos fazem na internet. Acho que é preciso estar bem ligado nisso para que a tecnologia não atue de forma negativa na relação familiar”, acrescenta.
Segundo Nathália Hoover, de 22 anos, estudante e filha de Erik, a ligação com assessórios high-tech do seu “velho” aproximou muito a família. “Essa maneira prática de estar sempre por perto une o útil ao agradável”. Ainda de acordo com ela, quanto mais aplicativos e redes sociais, melhor. “Conversamos o dia todo por mensagens, por exemplo, mas, é na conferencia de vídeo por Skype que a conversa é mais rica”, completa.
Pai de primeira viagem, o professor de geografia Alex Lindoso, de 48 anos, adora tecnologia. Além de usar as tendências do setor a seu favor no trabalho, já compartilha dos seus conhecimentos com o pequeno Alexander, de apenas dois anos. “Ele é bastante curioso, já sabe como desbloquear meu celular e entende que ao tocar na tela, alguma coisa acontece. Enquanto estou navegando na internet, ele fica sentado no meu colo, sempre atento a tudo que está se passando na tela e, de vez em quando, ainda arrisca mexer no mouse”.
Alex acredita que estar fora desse mundo é de certa forma, ficar distante do filho. “Essa nova geração tem como instinto mexer no mouse e apertar botões. Tudo acontece muito rápido. Ainda é muito cedo, mas, sei que o Alexander vai ser muito ligado a isso, porque eu também sou. Não vejo a hora de ele ter uma maturidade maior para que a gente possa se divertir com jogos eletrônicos juntos”, completou Lindoso.
Para o engenheiro elétrico Rui Ricardo Campelo, de 36 anos, que sempre teve a ciência como um dos focos de sua vida, é importante estimular a interação dos pequenos desde cedo. “As pessoas da geração passada ainda têm medo da tecnologia. Minha filha, Maria Laura, de um ano e três meses, já interage naturalmente com o computador. Às vezes, estou navegando e ela já chega do meu lado, toda curiosa e quer dominar a máquina”, diz. De acordo com Rui, apesar de os avanços facilitarem muito a vida de todos, não substituem o mais importante. “Abraços e beijos sempre serão a melhor forma de me comunicar com ela”, completa.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário