Papa chega ao Líbano em cenário de tensão política

O Papa Bento XVI desembarca nesta sexta-feira no  Líbano, com a difícil tarefa de promover a melhora no relacionamento  entre cristãos e muçulmanos, mesmo diante de um cenário de tensões  acirradas na região.

Além da morte de Christopher Stevens, embaixador  americano na Líbia, e dos protestos contra instalações diplomáticas dos  EUA, o pano de fundo da viagem inclui ainda a brutal guerra civil na  Síria, o drama dos refugiados e os risco de que a instabilidade se  espalhe para o Líbano.

 Na agenda do Pontífice, há ainda a preocupação  com o papel das minorias cristãs na região após os levantes da Primavera  Árabe.Antes da viagem, o Vaticano reforçou sua  condenação à explosão de violência em protestos contra o filme  “Inocência dos Muçulmanos”, definida pelo porta-voz da instituição,  Francisco Lombardi, como “inaceitável”, mas reiterou a defesa do  respeito a símbolos de todas as religiões. Segundo Lombardi, mais uma  vez ficaram evidentes as sérias consequências de ofensas e provocações  injustificadas contra fiéis muçulmanos.

“O  profundo respeito às crenças, textos, figuras proeminentes e símbolos  das várias religiões é uma precondição essencial para a coexistência  pacífica”, disse, acrescentando que o papa levará uma mensagem de  diálogo em sua visita à região.

A escolha do  Líbano para a viagem de três dias do Pontífice não foi à toa: trata-se  do país com maior percentual de cristãos no Oriente Médio. Eles  representam 40% da população, com destaque para os maronitas, que  reconhecem a autoridade do Papa. E a comunidade cristã libanesa se  divide entre simpatizantes e opositores ao regime do ditador Bashar  al-Assad.

Entre os simpatizantes de Assad mais proeminentes está o  ex-premier e ex-comandante do Exército Michel Aoun, forte aliado do  xiita Hezbollah. O líder do grupo, Hassan Nasrallah, descreveu a visita  do Pontífice como “extraordinária e histórica”. O último Papa a visitar o  país foi João Paulo II, em 1997.

Bento XVI deve  se encontrar também com líderes religiosos muçulmanos. O porta-voz do  Vaticano não descartou nem mesmo a hipótese de um encontro com  simpatizantes do Hezbollah.

O Vaticano afirmou que  Bento XVI será cuidadoso para evitar qualquer sinal de interferência  política nos comentários sobre a Síria ou sobre as alianças definidas  pelos cristãos. Mas declarações divulgadas ontem no “Daily Star”, no  Líbano, indicam que o Pontífice defenderá o desarmamento das duas partes  do conflito.

“O Papa pedirá definitivamente o  fim da espiral de violência e ódio, que são sem sentido, e para os que  financiam e armam os dois lados do conflito, que parem de fazê-lo”,  disse o patriarca maronita, Bishara Rai, que retratou a visita do Papa  como um pedido de paz no Oriente Médio, pela separação da religião do  Estado, pela construção da democracia e a aceitação do outro. “A  Primavera Árabe que queremos é aquela que realça a coexistência entre  muçulmanos e cristãos”.

No domingo passado, o próprio papa disse que a viagem ao Líbano seria marcada pela defesa da paz: “Mesmo que pareça difícil encontrar soluções para diferentes problemas,  não podemos nos resignar com a violência e a exacerbação de tensões”. Nos  cartazes espalhados por Beirute, imagens de um sorridente Bento XVI  aguardam o Pontífice com saudações efusivas, como “com sua chegada, o  céu desce à terra”. O governo declarou o sábado como feriado oficial em  homenagem ao papa e deu folga a milhares de trabalhadores para que eles  possam saudar o papa. De outro lado, as autoridades libanesas reforçaram  as medidas de segurança, suspenderam as licenças de armas com exceção  para os seguranças de políticos e restringiram a visita às regiões  central e norte do país.

Fonte: Diário de Pernambuco

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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