Para Greenpeace, Brasil perdeu o senso de urgência da mitigação das mudanças climáticas
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Em audiência pública na quarta-feira, 7 de novembro, parlamentares, especialistas e representantes do governo discutiram os planos públicos setoriais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Durante a reunião, realizada pela Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, o diretor de campanhas da organização não governamental Greenpeace, Sérgio Leitão, afirmou que o governo federal perdeu a noção de quão urgente é o tema para o país.
“A grande preocupação do Greenpeace é que estamos perdendo o senso de urgência desse tema. Nosso governo não dá a devida atenção ao enfrentamento das mudanças climáticas”, disse. O representante do Greenpeace criticou os planos setoriais apresentados (transportes, energia, saúde e mobilidade urbana) por serem incompletos ou pouco audaciosos, por exemplo, na busca pela diminuição da emissão de gases que causam o efeito estufa.
Segundo Sérgio Leitão, as autoridades brasileiras são descuidadas e dão pouca atenção à questão. Para exemplificar, ele citou o plano setorial do setor energético, que prevê investimentos de mais de R$ 740 bilhões apenas para a exploração do petróleo da camada pré-sal, enquanto o mesmo documento não traz planos para o incremento do uso da energia solar no país. “O Brasil tem enorme potencial em energia solar e no plano não tem uma linha sequer sobre incentivo à energia solar ou investimentos na área”, sublinhou.
Eficiência energética
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 foi apresentado pelo diretor do Departamento de Planejamento Energético, Paulo César Magalhães Domingues, e pelo coordenador-geral de Sustentabilidade Ambiental do Setor Energético, Luis Fernando Badanhan, ambos do Ministério de Minas e Energia (MME).
Eles explicaram as metodologias usadas no plano e exploram as metas de diminuição de gases para o setor energético, que pretende reduzir em mais de 230 milhões de toneladas as emissões até 2020. Os representantes do ministério explicitaram ainda as metas de aumento da participação de biocombustíveis no setor de transporte e os planos de expansão da energia renovável no país, que inclui pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e energia eólica. Destacaram também a importância das ações em prol do uso consciente de energia.
O diretor do Greenpeace também acusou o governo de estar diminuindo os investimentos em biocombustíveis e disse que o Brasil é o segundo pior país do G20 em eficiência energética, ficando à frente apenas da Arábia Saudita.”O Brasil não está preocupado com a eficiência energética e com a redução do consumo de energia”, afirmou.
Sérgio Leitão criticou os planos governamentais de construção de 34 novas usinas hidrelétricas nos próximos anos, principalmente na região amazônica. Para ele, o país tem alternativas que não impliquem na inundação de mais de seis mil quilômetros quadrados, que ocasionariam grandes prejuízos socioambientais.
Paulo César Magalhães Domingues retrucou dizendo que o governo se preocupa, sim, com a expansão das energias renováveis.
“O Brasil tem 45% de sua matriz energética limpa e renovável. É com muito orgulho que temos hoje grandes usinas hidrelétricas no nosso sistema e esse é o motivo da matriz energética ser limpa e renovável”, afirmou.
Fonte: Carbono Brasil
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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