Passado, presente. Perdas, ganhos. Reencontro. Família
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A instituição familiar, em toda sua complexidade, é um dos (para não dizer “o”) mais marcantes núcleos de convivência do indivíduo. Com nossos parentes, compartilhamos memórias doces e traumáticas, alegrias e frustrações. A própria palavra família, seja ela a natural ou a que escolhe-se, é emblemática. É justamente dessa complexa relação, das formas de lidar com a perda e a superação que trata a peça “Nem um dia se passa sem notícias suas”, estrelada por Edson Celulari, que é apresentada no Teatro Santa Isabel, nesta sexta-feira (20) e sábado (21), às 21h.
Joaquim (Edson Celulari), um bem sucedido cirurgião, acaba de perder o pai e precisa passar pelo (doloroso) processo de se desfazer dos bens do falecido, revisitando assim várias recordações. Enquanto cumpre essa tarefa, ele é rodeado por Juliano (Pedro Garcia Netto), seu irmão caçula, cuja presença será decisiva para o médico ajustar contas com o próprio passado, confrontando-se com suas próprias limitações. Em meio a esse turbilhão emocional, Joaquim tem ainda que lidar com seu filho Miguel (Garcia Netto, em papel duplo).
Celulari conta que quando ele Pedro Garcia Netto, seu sobrinho, foram abordados pela dramaturga Daniela Pereira de Carvalho, a ideia da peça ainda era incipiente. “A Daniela chegou até mim e o Pedro com a ideia de falar sobre os laços de família e a questão da perda, mas sem um projeto fechado, tanto que, quando conversamos pela primeira vez, ela só tinha doze páginas escritas. A partir daí, tivemos vários encontros, onde fazíamos leituras, discutíamos o texto e, assim, fomos construindo a dramaturgia juntos”, explica.
Em um espetáculo que trata sobre relações familiares, o ator diz que trabalhar com um parente teve um sabor especial. “Eu e o Pedro separamos muito a questão familiar da profissional. Mas, ao mesmo tempo, existe uma memória afetiva em comum, certas referências, que acabam sendo compartilhadas entre nós, em cena”, completa.
Mesmo tratando de temas delicados, o ator acredita que a peça se sobressai justamente por não ser triste. “Pelo contrário, a montagem propõe um antídoto à tristeza. É um texto delicado sobre superação”, afirma. Inclusive, foi esse intimismo do espetáculo um dos maiores atrativos para o ator embarcar no projeto. “É um texto que vai contra a corrente; propõe uma reflexão, uma leitura mais aprofundada dos temas”, pontua.
Com passagem pelo Festival de Curitiba, o espetáculo tem sido destacado por colocar em foco o universo sentimental masculino. “Temos recebido uma resposta muito positiva do público, e é muito interessante observar o quanto os homens se identificam com a peça”, conta Edson. “Mas, acho, é um espetáculo que mexe com todo mundo porque toca em temas universais como os laços de família, a descendência e a passagem do tempo, completa.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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