Perfil médio de prefeito eleito é homem, casado, com faculdade
Homem, casado, 48 anos, com ensino superior e prefeito como profissão declarada. Esse é o perfil médio dos cerca de 5,5 mil prefeitos eleitos no primeiro e segundo turno das eleições municipais de 2012, segundo levantamento realizado pelo G1, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao todo, mais de mil candidatos declararam ser prefeitos por profissão. O resultado indica que grande parte dos postulantes eleitos tentava a reeleição.
Em Cambé, cidade de 96,7 mil habitantes da região norte do Paraná, o atual prefeito João Pavinato (PSDB) reúne todas essas características. Ele foi reeleito no último dia 7 de outubro com 54,3% dos votos válidos, um total de 28.080 votos.
(Veja a apuração completa para prefeito e vereador em Cambé)
Formado em direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pavinato, de 48 anos, iniciou-se na vida pública na década de 80, quando participou do movimento estudantil de Cambé e filiou-se ao antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro) – atual PMDB.
Ele trabalhou por 29 anos na prefeitura da cidade, antes de se candidatar ao cargo de vereador, em 2004. “Por muitas vezes, ajudamos a eleger candidatos na cidade, mas nem sempre a atuação da pessoa agradava. Então resolvi concorrer. Achei que minha experiência administrativa poderia contribuir”, relata.
Depois de cumprir um mandato como vereador, Pavinato venceu pela primeira vez a disputa pela prefeitura em 2008. “Minha vivência dentro da máquina e a formação em direito ajudaram bastante”.
Para ele, assumir o comando do município exige muita disposição. “É um trabalho que demanda muita energia, concentração e desprendimento. Quem quiser entrar na política tem que saber que está entrando para servir à população, não para se servir da política”, afirma.
Em Tapejara, cidade de 19,2 mil habitantes, no norte do Rio Grande do Sul, o atual prefeito Seger Luiz Menegaz (PMDB) também se encaixa no perfil médio dos prefeitos vitoriosos. Ele foi reeleito com 53,76% dos votos válidos, um total de 7.090 votos.
(Veja a apuração completa para prefeito e vereador em Tapejara)
Nascido no município, Menegaz, que também tem 48 anos, é empresário do ramo de móveis e passou a acompanhar a vida política da cidade há seis anos. Nessa época, nasceu nele a ideia de que o desenvolvimento econômico não era suficiente para transformar a sociedade. “Gosto muito de Tapejara e queria fazer algo, porque não bastava ter um crescimento acelerado, era preciso fazer projetos para melhorar a vida das pessoas”, afirma o prefeito, que fez administração na Universidade de Passo Fundo.
Eleito pela primeira vez em 2008, Menegaz conta que ficou ainda mais ansioso pelo resultado do pleito deste ano. “A reeleição é uma prova de fogo na vida da gente que tem uma história na cidade. É a sabatina dos prefeitos”.
Outro prefeito com esse perfil é Edson de Souza Quintanilha (PPS), de 48 anos, de Arapeí (SP), município com 2,4 mil moradores, no Vale do Paraíba. Neste ano, ele foi reeleito com 60,6% dos votos válidos, um total de 1.201 votos.
(Veja a apuração completa para prefeito e vereador na cidade de Arapeí).
Defensor assíduo da reforma tributária, Quintanilha é formado em educação física e administração de empresas e pós-graduado em administração pública e gestão de cidade.
De acordo com ele, é um grande desafio governar municípios pequenos, que dependem dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – mecanismo constitucional utilizado pelo governo federal para transferência de verbas.
“O repasse do FPM oscila, não têm um valor fixo para que você possa se organizar e administrar esse dinheiro. Se quisermos fazer uma obra para dar qualidade de vida à população, dependemos de convênios com governo estadual ou federal. Essa é a realidade dos municípios pequenos”, afirma.
Entre as principais realizações de seu primeiro mandato, ele destaca a melhora na qualidade do ensino. Ele lembra que, em 2007, o Ministério da Educação (MEC) chegou a intervir no município após o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apontar 3.5, número considerado muito baixo.
“No nosso primeiro ano de governo, em 2009, conseguimos elevar esse índice para 6,9. Ainda temos muito que melhorar, temos que elevar a qualidade de vida da população, mas essa foi uma das nossas proezas”, acrescenta.
Partidos
O partido que mais elegeu prefeitos em 2012 foi o PMDB, com 1.031 eleitos (18,5% do total), seguido do PSDB, com 702 (12,6%), do PT, com 626 (11,4%), e do PSD, com 497 (8,9%).
O PT conquistou o maior número de prefeituras em cidades grandes, mas a sigla perdeu eleitos em comparação com a última eleição. Dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, venceu a disputa em 16, incluindo a maior delas, São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad derrotou José Serra (PSDB). em 2008, haviam sido 20 prefeituras nas cidades grandes.
O segundo partido que mais conquistou cidades com mais de 200 mil eleitores foi o PSDB (15). A legenda avançou em comparação com a última eleição, quando obteve 13 eleitos. A seguir aparecem PSB, com 11, e o PMDB, com 9. Este último foi o que mais perdeu entre as grandes cidades. Em 2008, a sigla elegeu 17 prefeitos.
O PMDB foi vitorioso, porém, nas cidades pequenas, com eleitorado abaixo de 200 mil, e vai comandar 1.022 prefeituras, contra 687 do PSDB, 620 do PT, 493 do PSD e 464 do PP. Nestas cidades, o PMDB avançou, e o PSDB perdeu prefeitos. Em 2008, as legendas elegeram, respectivamente, 1.192 e 782 prefeitos.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições municipais de 2012. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. O PSDB foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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