Pernambuco ganha pela primeira vez Olimpíada Brasileira de Robótica
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Os estudantes Lucas Cavalcanti, 17 anos, e Gabriel Alves, 16 anos, passaram as férias de junho e julho deste ano na escola, e foi por opção própria. Queriam aproveitar a folga para aperfeiçoar um robô. Foram horas e horas perdidas de sono e diversão, quebrando a cabeça para desenvolver mais de mil linhas de programação, entre comandos, cálculos e funções. Buscando conhecimento que só aprenderiam em uma universidade. Em troca de todo esse esforço, ganharam a Olimpíada Brasileira de Robótica, realizada no fim de semana passado, dias 20 e 21, em Fortaleza, no Ceará.
Em seis edições da Olimpíada, foi a primeira vez que Pernambuco levou o primeiro lugar. Agora, essa dupla vai disputar entre os melhores de vários países, no Robocup Junior Mundial 2013, na Holanda. “Eu brincava que computador não combina com praia, que ia ter que inventar um computador para me comunicar com os amigos, mas valeu a pena, essa é nossa diversão”, disse Lucas Cavalcanti.
Os dois estudam no Colégio Santa Emília, em Olinda, que tem um grupo de robótica chamado Positronics, cujo mentor é o professor Paulo Marcelo Pontes. Os alunos foram selecionados na etapa estadual da competição. O robô foi construído com um kit de robótica da Lego e uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre, projetada com um microcontrolador, chamado Arduíno. O dispositivo ainda conta com 16 sensores, sete motores e duas baterias.
O robô foi programado para resgatar uma vítima, representada por uma lata, em uma arena cheia de obstáculos. Essa era a missão que todas as equipes tinham que executar. Dos 150 grupos inscritos, os pernambucanos foram os melhores do torneio, no Nível 2, no qual concorreram. “O que [empresas] podem aproveitar desse robô é a parte da construção e programação, ou seja, as ideias que tivemos para resolver os problemas que apareceram”, explicou Gabriel Alves.
Para montar um robô como este, os jovens tiveram que colocar em prática conhecimentos de física, matemática, raciocínio lógico, programação, química, informática, eletrônica, entre outros. “É impressionante o nível deles para alunos do ensino médio. Hoje, no Brasil, as escolas ainda não valorizam o ensino da robótica, que demanda investimento, e disperdiçam talentos”, falou.
O desafio do resgate será o mesmo no Mundial de 2013. Até lá, os dois vão procurar novas tecnologias para melhorar o desempenho do robô. Assim, a “aposentadoria” de Lucas foi prorrogada. É que ele está no terceiro ano, vai tentar engenharia da computação neste vestibular. Mas vai continuar representando a escola na competição.
Lucas, inclusive, dá aulas de robótica em um curso livre no contraturno do colégio. Recebe até salário. “Mas gasto boa parte comprando coisas para o robô”, falou. A falta de patrocínio para manter o projeto ainda é um problema. Realidade recorrente em várias escolas do estado. Por conta desse pouco interesse no Brasil, ele quer continuar os estudos nos Estados Unidos. Já Gabriel está no segundo ano. Sonha em conquistar uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Além da Olimpíada Brasileira de Robótica, alunos do Colégio Santa Emília também conquistaram o segundo lugar nas categorias RoboCup Junior Dance, nível 2, e Robocup Soccer, nível 1; o quarto lugar no Robocup Junior Dance, nível 1; e ainda foram Medalha de Mérito Internacional da Olimpíada Brasileira de Robótica. Além da equipe campeã, as duas equipes que disputaram nas categorias RoboCup Junior Dance e Robocup Soccer também devem representar o Brasil no Mundial.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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