Pesquisa: Lagoa Grande e Afrânio têm administração mais bem avaliada que Petrolina
Divulgado nesse final de semana, o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) apontou que Petrolina aparece entre os 65% municípios do Nordeste que não gerem bem as receitas e que têm inchaço da máquina pública, o que impede os investimentos na cidade.
A pesquisa tem como base o ano de 2010.
O Firjan é uma ferramenta que tem como objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, por meio de indicadores que possibilitem o aperfeiçoamento das decisões quanto à alocação dos recursos públicos, bem como maior controle social da gestão fiscal dos municípios.
Composto por cinco indicadores: Receita Própria, Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida, o índice tem como base de dados as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional, constituídas por informações orçamentárias e patrimoniais prestadas pelos próprios municípios.
A leitura dos resultados, por indicador ou do índice geral, é bastante simples: a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação.
Conceito A (Gestão de Excelência): resultados superiores a 0,8 pontos.
Conceito B (Boa Gestão): resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos.
Conceito C (Gestão em Dificuldade): resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos.
Conceito D (Gestão Crítica): resultados inferiores a 0,4 pontos.
Petrolina
Petrolina apareceu, na pesquisa, como uma administração em dificuldade na gestão fiscal.
Pelo gráfico, a administração de Petrolina perde em qualidade para municípios como Afrânio e Lagoa Grande, que tiveram o índice geral maior, apesar de a receita própria de Petrolina ser duas vezes mais que a dos dois municípios.
Isso é um exemplo de que ter maior geração de receitas próprias não é garantia de uma boa gestão fiscal.
Os índices de Petrolina mostram que o governo gasta quase tudo que tem com inchaço da máquina pública.
O número do funcionalismo público excede o valor que o município pode gastar.
Além disso, aponta que os investimentos no município são críticos e não atingem 50% do índice geral.
Petrolina, de acordo com os gráficos, terminou o ano de 2010 com alto valor de restos a pagar, com os custos da dívida administrativa altos e com poucos recursos em caixa para cumprir os compromissos.
Os melhores índices de pernambuco
As melhores gestões fiscais de Pernambuco ficaram com Custódia, Granito , Salgueiro, Recife e vertentes.
A capital do Estado, no entanto, perdeu em qualidade de gestão fiscal para três cidades do interior.
O pior índice de Pernambuco
Paudalho é o município pernambuco com pior índice de gestão. Sem indústrias e com a economia movimentada pelo comércio e programas sociais, a cidade obteve a pior nota do Índice Firjan deGestão Fiscal no estado — 0,1320.
Esse exemplo mostra o quanto a dependência que a população tem de empregos da prefeitura impede que investimentos aconteçam. Só não se pode aceitar isso em cidades como petrolina, onde indústria, produção agrícola e comércio dão o tom da economia.
Fonte: Blog do Jornal Folha do São Francisco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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