Pesquisa mostra que crianças usam menos proteção solar quando envelhecem
O uso regular de protetor solar diminui conforme as crianças ficam mais velhas. É o que mostra um estudo publicado nesta segunda-feira na edição de fevereiro do periódico científico Pediatrics.
A pesquisa foi realizada em dois períodos: 2004 e 2007. Na primeira parte, o estudo acompanhou 360 crianças com cerca de 10 anos de idade que moravam em Massachusetts, nos Estados Unidos. Os dados preliminares mostraram que 53% dessas crianças tiveram queimaduras solares e que metade delas afirmou usar o protetor solar “regularmente ou sempre”.
Na segunda avaliação, em 2007, a proporção de adolescentes, agora com 13 anos de idade, que tiveram alguma queimadura de sol permanecia a mesma. Os dados mostraram, porém, que o número de jovens que utilizavam a proteção solar com frequência caiu de 50 para 25%.
Para Selma Helene, dermatologista pediátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a diminuição do uso de protetor pode estar associada a uma resistência maior da criança em passar o protetor. “Quando elas são pequenas, os pais ficam mais em cima para passar o protetor solar. À medida que elas crescem, fica mais difícil fazer com que elas usem o produto da forma adequada”, explica a dermatologista.
O ideal, segundo os dermatologistas, é passar o protetor solar 20 minutos antes da exposição ao sol e reaplicá-lo a cada duas horas. O cuidado deve ser redobrado em caso de esportes ao ar livre e se a criança frequenta locais como praia e piscina. O uso de camiseta e boné, por exemplo, também funciona como barreiras para proteger a pele.
Antonio Carlos Madeira de Arruda, do departamento de dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que as crianças mais velhas se expõem mais ao sol. “Quanto maior a criança, ela fica mais tempo fora de casa e se expõe muito mais aos raios solares”, afirma. De acordo com ele, que é diretor do Hospital Infantil Menino Jesus, em São Paulo, a procura de crianças pelo pronto-socorro com queimaduras solares durante o verão mais que dobra, em comparação com outras épocas do ano.
Consequências — A exposição precoce aos raios solares é associada com o desenvolvimento de câncer de pele na idade adulta. Por isso, segundo Arruda, o hábito de passar protetor deve ser o mesmo de escovar os dentes.
“Recomendamos a utilização do protetor solar a partir dos seis meses de idade. O prática deve ser ensinada desde o início da infância, para se tornar um hábito de rotina, como lavar o rosto ou escovar os dentes”, diz.
Fonte: Revista Veja Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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