Polícia detém suspeito de matar soldado na Favela da Rocinha
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Policiais militares detiveram na manhã desta sexta-feira (14), um suspeito de matar o soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 24 anos, baleado na noite de quinta-feira (13) durante um patrulhamento a pé na Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro.
De acordo com a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, o suspeito seria menor de idade, por isso não será apresentado oficialmente. Por volta de 12h20, ele prestava depoimento na DH e em seguida deve ser encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Segundo a PM, o suspeito foi detido com carregadores e munições de pistola calibre nove milímetros — mesmo calibre do disparo que matou o policial militar.
“A PM, naquele e em outros locais, aos poucos começa a agir de maneira capilarizada, começa a sedimentar as suas ações. Mas nós não vamos desistir desse projeto que está salvando vidas. Temos problemas sim, mas temos um plano visível e concreto para o Rio de Janeiro e vamos levar esse plano até o fim”, disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, durante visita à Favela da Chatuba, onde a polícia realiza outra operação.
Segundo Caldas, o momento na comunidade é melhor do que os meses logo após a ocupação da PM, em novembro do ano passado, e que os planos de instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) serão mantidos. “Tivemos momentos mais críticos, os primeiros seis meses, a partir da ocupação”, explicou. “Diferentemente do que a gente teve no ano passado, a gente está em uma situação de estabilidade. Esse foi um fato que evidencia que a polícia estava presente, às 22h30, uma patrulha nossa, a pé, numa viela, num beco, protegendo as pessoas. E também mostra o tamanho do desafio. Vamos implementar a UPP na semana que vem com toda a força.”
Segundo a polícia, o soldado morto estava apenas há um ano na corporação. Ele era solteiro e não tinha filhos. O corpo de Diego Bruno Barbosa Henriques será enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste, às 16h desta sexta-feira.
Também na manhã desta sexta, ogovernador Sérgio Cabral comentou pelo Twitter a morte do soldado. Cabral classificou o crime como “mais uma ação desesperada” de marginais.
“O Rio de Janeiro pode ter certeza que não haverá retrocesso nas comunidades pacificadas. O ataque de ontem na Rocinha é mais uma ação desesperada dos marginais”, postou o governador.
Operação com cerca de 130 policiais
A PM realiza na manhã desta sexta uma operação com cerca de 130 policiais na Rocinha para tentar prender os suspeitos de envolvimento no assassinado. O soldado e mais três policiais entraram em uma localidade conhecida como Terreirão, onde foram surpreendidos por dois homens armados. Segundo a polícia, houve confronto e o soldado foi atingido no rosto. Ele foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde morreu. Os criminosos conseguiram fugir.
O comando de policiamento da Rocinha antecipou a entrada de PMs e manteve policiais que estavam de plantão. Com isso, o efetivo na comunidade está dobrado. Até as 9h não havia informação sobre presos nem apreensões, informou a polícia.
A Polícia Civil informou que a Divisão de Homicídios da Capital (DH/Capital) instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias do crime.
A patrulha atacada na noite de quinta-feira faz parte da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que já foi instalada na comunidade, embora ainda não tenha sido inaugurada oficialmente. Desde o início dos trabalhos de pacificação, em novembro do ano passado, a Rocinha está ocupada por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq). A área deve receber a 19ª UPP do Rio de Janeiro ainda este ano.
Outras mortes
No dia 4 de abril, o policial Rodrigo Alves, de 33 anos, que também fazia parte do efetivo da Rocinha, foi morto a tiros durante um patrulhamento a pé na comunidade. Na época, Rodrigo também chegou a ser levado para o hospital, mas morreu.
No dia 23 de julho deste ano, a policial Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, morreuapós levar um tiro de fuzil 762, em um ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Nova Brasília, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte da cidade. Esta foi a primeira policial morta em serviço em uma comunidade com presença de uma UPP.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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