População da China envelhece e cria ‘fardo’ para os mais jovens; saiba mais

Idoso chinês | Crédito da foto: BBCA população da China está envelhecendo. Até 2050, segundo dados das Nações Unidas, mais de um quarto dos chineses terá mais de 65 anos de idade. Com o envelhecimento da população do país, as gerações mais jovens carregarão um fardo sem precedentes, apontam especialistas.

Menos crianças

No fim dos anos 70 e no começo dos anos 80, o governo passou a defender um estilo de vida conhecido como “mais tarde, mais longo e menos” – em referência a casamentos mais tardios, períodos mais longos entre cada gravidez e menos crianças.

As autoridades também instauraram a polêmica política de um filho por casal. O conjunto de medidas foi tomado com vistas a inibir o crescimento populacional e modernizar a economia.

Atualmente, as chinesas têm menos filhos, mas o fato de uma geração menor seguir-se a uma explosão populacional – aliado à crescente expectativa de vida no país – significa que até 2050, para cada cem cidadãos entre 20 e 64 anos, existirão 45 com mais de 65 anos, em comparação com apenas 15 hoje em dia, indicam estimativas.

 

A família 4-2-1

Somente filhos de pais filhos únicos enfrentam a situação conhecida como 4-2-1: quando a criança tem idade suficiente para trabalhar, mas tem os dois pais e quatro avós como dependentes. O casal Zini e Lin, ambos filhos únicos, está nesta situação, e sua família teme pelo futuro.

A China era um país em desenvolvimento, com alto índice de natalidade e expectativa de vida de cerca de 44 anos.

 

Os avós

Senhor e senhora Wang (Pais de Zini, ambos em atividade):

“Hoje vivemos bem. Temos as nossas aposentadorias e não devemos precisar de apoio financeiro do nosso filho e nora no futuro. Nos esforçamos ao máximo para não incomodar o nosso filho e a sua esposa na nossa velhice. Mas, pessoalmente, preferiríamos envelhecer em casa do que em um asilo.”

Senhor e senhora Zhang (Pais de Lin; Zhang trabalha, mas sua esposa está aposentada)

“Tentamos poupar no que podemos, além de nos mantermos saudáveis para ter uma velhice confortável. Esperamos, também, não ter de contar com a nossa filha e genro financeiramente ou fisicamente quando estivermos velhos.”

Sucesso do filho único?

A taxa de fertilidade da China – ou seja, o número de filhos de uma mulher durante a vida – é de 1,6, mais baixa que a dos Estados Unidos ou a do Reino Unido.

O governo chinês acredita que a política do filho único limitou o crescimento da população de forma eficiente, evitando o nascimento de quase 400 milhões de pessoas.

A pedido da BBC, o especialista em população Cai Yong, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), estimou o que teria acontecido na China caso a política nunca tive sido implantada.

O estudo indica que a fertilidade da China teria caído de forma semelhante, e continuaria em declínio, mesmo se a política tivesse sido descartada.

O especialista afirma que a Divisão de População das Nações Unidas e estatísticos da Universidade de Washington desenvolveram modelos sofisticados para prever o futuro da fertilidade de um país, com base na história e em tendências de fertilidade de outros países.

Yong aplicou o modelo à China, partindo do pressuposto de que só se conhecia a história da fertilidade no país antes da política do filho único, e dessa forma foi capaz de “prever” os níveis de fertilidade a partir de então. Tais previsões podem ser comparadas com o que realmente aconteceu.

Na década de 70, o país teve sucesso notável na redução da natalidade, antes da introdução da política do filho único, segundo Yong.

A taxa de natalidade chinesa caiu de 5,8 filhos por mulher em 1970 para 2,7 em 1978. O estudo do especialista diz que o modelo indica que a taxa continuaria a cair, mesmo sem a política do filho único, e possivelmente até de forma mais acelerada.

“Uma explicação poderia ser a ansiedade causada pela política na população, que teria levado muitos a terem filhos mais cedo. Houve uma queda na idade do primeiro casamento e na idade do primeiro parto durante a década de 80.”

Muitas exceções à política do filho único foram feitas de acordo com a localização geográfica, emprego ou sexo do primeiro filho.

Famílias que não tinham direito a nenhuma exceção podiam, se tivessem condições, pagar a multa por infração da regra do filho único e ter mais crianças.

No entanto, muitas famílias foram afetadas, avalia Yong.

O especialista afirmou também que críticos apontam que as medidas tomadas para garantir a implementação da política, entre elas abortos forçados, esterilização e abortos seletivos de acordo com sexo. Tudo isso teria alterado as proporções entre homens e mulheres no país.

O último censo indica que para cada cinco meninas, quase seis meninos nasceram, segundo o pesquisador.

“O declínio da natalidade é um fenômeno global: a maioria dos países em desenvolvimento vivencia redução de natalidade sem qualquer medida draconiana do governo”, afirmou Yong.

Fonte: BBC Brasil

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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