Primeira a ter cotas para negros, UnB também faz vestibular para indígenas

Pioneira entre as instituições federais a destinar parte de suas vagas para negros, a Universidade de Brasília (UnB) também realiza, desde 2004, um vestibular voltado exclusivamente para indígenas. A seleção é feita em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que auxilia os estudantes a encontrar moradia em Brasília.

Além da prova objetiva e de redação, os candidatos têm que apresentar documentos que comprovam a origem indígena e participar de uma entrevista.

A oferta de cursos varia a cada semestre, de acordo com as demandas das comunidades indígenas.

Na última seleção, realizada em junho, foram oferecidas vagas para agronomia (1), ciências biológicas (2), medicina (2), ciências sociais (2), engenharia florestal (1), nutrição (1) e enfermagem (2).

As provas foram aplicadas em Cruzeiro do Sul (AC), Oiapoque (AP), Tabatinga (AM) e Porto Velho (RO). Segundo informações da UnB, 867 estudantes se inscreveram na seleção. Atualmente a universidade tem 63 estudantes de origem indígena.

Para se adaptar ao projeto aprovado na terça-feira (7) pelo Senado, a universidade vai criar uma comissãoformada por professores e alunos.

De acordo com o decano de ensino e graduação, José Américo Garcia, a UnB terá condições de implementar as “cotas sociais” no primeiro semestre de 2013.

“A UnB já está trabalhando com ações afirmativas há um bom tempo, por isso acredito que, após a sanção da presidenta Dilma, nós conseguiremos implantar o novo modelo de cotas rapidamente”, afirma.

Na UnB, que destina 20% das vagas dos dois vestibulares anuais para negros, há atualmente 3.459 estudantes afrodescendentes. Desde junho de 2004, quando o sistema foi implementado, 6.403 ingressaram na instituição como cotistas.

Garcia explica que o percentual vale apenas para os vestibulares, não para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) – que seleciona metade dos aprovados no início do ano.

Assim, do total de 4.184 vagas oferecidas pela UnB no primeiro semestre deste ano, metade foi destinada aos aprovados no PAS e, das 2.092 restantes, 418 foram destinadas para estudantes negros.

Gêmeo barrado

  Nos três primeiros anos em que esteve em vigor, o sistema estabelecia que os candidatos que desejavam ser cotistas deveriam ser fotografados na hora da inscrição. As imagens eram avaliadas por uma banca que decidia sobre a homologação ou não do candidato antes das provas.
O método provocou polêmicas, como o caso dos irmãos gêmeos idênticos que se inscreveram pelo sistema, mas apenas um foi aceito como cotista.

A partir do 1° vestibular de 2008, a universidade estabeleceu que os candidatos inscritos pelo sistema de cotas devem ser avaliados em entrevista pessoal gravada em vídeo.

Garcia diz que a alteração buscou aperfeiçoar a seleção do sistema de cotas. O decano afirma que, apesar das críticas, a reserva de 20% das vagas para negros reafirma o papel da UnB na sociedade – algo que será reforçado com a implementação das “cotas sociais”.

“O projeto de lei é um ganho para a sociedade. A UnB é uma universidade pública, e o aluno que sai de uma escola de ensino médio pública acaba tendo que concorrer com os estudantes da rede privada (…) Acho que podemos ter uma alteração [na dinâmica] da universidade, mas a gente tem que ter um tempo para poder avaliar qual será o impacto.”

Os professores da Universidade de Brasília estão em greve desde 21 de maio e decidiram em assembleia nesta quinta-feira (9) manter a paralisação.

Garcia afirma que, com a sanção presidencial, a comissão que vai discutir a implementação das “cotas sociais” na UnB pode ser formada e trabalhar mesmo durante a greve.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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