Promotora acredita que Delma pode confessar participação no crime

Delma Freire não surpreende mais quem a acusa de ser mentora da execução da alemã Jennifer Kloker. Depois do adiamento do julgamento por duas vezes e das inúmeras polêmicas envolvendo a personalidade da ré, o júri começa novamente nesta segunda-feira (10), com a expectativa da promotora Ana Cláudia Walmsley de que ela confesse o crime, como fez à imprensa. Walmsley é responsável pela acusação contra os cinco réus – além de Delma, Pablo e Ferdinando Tonelli, Dinarte Medeiros e Alexsandro Neves – junto com André Rabelo.

Enquanto a defesa alega a inocência de Delma acusando a polícia de criar personagens malígnos dela e colocá-la contra a sociedade, a promotoria admite que o conjunto de provas, sozinho, já é capaz de convencer os sete jurados sobre a culpa da ré. “É natural que a defesa tente desqualificar as provas ou afirmar que elas não existe. O trabalho do Ministério Público é justamente mostrar aquelas que estão nos autos”, argumenta a promotora.

Ana Cláudia Walmsley afirma que ela e o colega esperam a condenação dos cinco acusados. Entre essas atestações, está a confissão de quatro deles.

OS RÉUS – Delma Freire é considerada pela acusação como quem iniciou o planejamento da execução. O motivo seria o recebimento de um seguro de vida feito para Jennifer em mais de R$ 1 milhão. Investigações policiais apontaram que a possível mentora do crime começou a arquitetar o crime um ano antes e que houve tentativas anteriores de executá-lo poucos dias antes de Jennifer ser morta. A sogra da vítima nega tudo e já chegou a afirmar não saber do que estava sendo acusada.

Presa na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, no Grande Recife, Delma também responde por fraude processual. Um mês após o crime, em maio de 2010, um ex-presidiário identificado como Fabiano se apresentou ao Grupo de Operações Especiais (GOE) afirmando ter recebido uma proposta da defesa da ré, na época conduzida por Célio Avelino, para assumir a execução da alemã. Depois, a polícia constatou que tratava-se de uma farsa.

O homem apontado como executor é Alexsandro Neves dos Santos, que está no Complexo Aníbal Bruno, no Recife, e confessou ter feito os três disparos que mataram a alemã, depois de ter recebido o revólver calibre .38 das mãos de Delma. Também estão no Aníbal Bruno o filho dela, Pablo Tonelli, casado com a vítima, e o suposto marido, Ferdinando Tonelli, acusados pelo homicídio.

O irmão da ré, Dinarte Dantas de Medeiros, é o único réu no Caso Jennifer Kloker que aguarda a conclusão do processo em liberdade, depois de confessar ter comprado a arma e apresentado Alexsandro a Delma. Os delegados Alfredo Jorge e Gleide Ângelo afirmam que a participação de Dinarte é maior, já que ele teria recebido uma ligação depois do crime em que o acusado de ser o executor afirmou “o bloco saiu”, provavelmente referindo-se ao êxito na ação de matar Jennifer. O telefone celular do acusado registrou, em seis dias, 42 ligações para Alexsandro, 32 para Delma e 23 para a própria esposa, o que, segundo a acusação, é mais uma prova, embora a defesa negue que ele sabia que os planos eram de homicídio.

Foto: JC Imagem/arquivo


Acusados de envolvimento na morte de Jennifer Kloker

“É importante que eles saibam que fazer parte do planejamento e criar circunstâncias para a morte também é capaz de condená-los. Não é necessário que atire ou que esteja no local do fato para isso. A contribuição com o homicídio conta muito”, explica Walmsley. Pelo homicídio, podem pegar de 12 a 30 anos de prisão, período determinado pelas qualificações – no caso, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima – e agravantes – que, contra Delma, Pablo e Ferdinando contam a relação familiar com Jennifer.

PLANOS PARA FERDINANDO – A denúncia do Ministério Público é que a próxima vítima seria o suposto marido de Delma, Ferdinando Tonelli, por ser, segundo o contrato, o beneficiado pelo seguro de vida feito para Jennifer. De acordo com a delegada Gleide Ângelo, Delma e Ferdinando não eram casados, mas planejavam oficializar a união em Paulista, no Grande Recife. Depois, o italiano seria morto e deixaria a herança, que se somaria ao dinheiro obtido através do aluguel de imóveis na Europa. “Foi o que Alexsandro disse em depoimento”, afirmou.

Delma Freire não admite um boato surgido na delegacia na época do crime: que o filho e o suposto marido tinham um envolvimento amoroso. Pablo foi adotado pelo italiano já adolescente. Para alguns, a adoção, na verdade, foi uma chantagem da acusada contra Ferdinando, ao descobrir que ele mantinha relações sexuais com o filho. Essa história, no entanto, não é oficial e não tem comprovações.

CONFISSÃO – A única história que deve ser discutida durante esta semana, no entanto, é sobre o assassinato de Jennifer, crime com o qual Delma já assumiu participação uma única vez. No dia 25 de maio do ano passado, depois do primeiro júri popular iniciado contra os acusados e adiado após duas horas, quando a defesa da ré solicitou a realização de um exame de sanidade mental – de laudo negativo -, um jornal local publicou uma entrevista em que a sogra de Jennifer Kloker admitia ter planejado a morte da nora.

Ela contou que planejou o crime junto com o irmão, Dinarte Dantas de Medeiros, e afastou qualquer culpabilidade do filho e do companheiro. A conversa, em que a acusada alegou que tinha medo que a nora levasse o neto para a Alemanha, aconteceu dentro da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, onde está presa preventivamente até hoje. A ré disse Delma acabou voltando atrás na confissão, alegando ter falado sob efeito de remédios e pressão da filha Roberta Freire. Mesmo assim, é a versão que a promotora Ana Cláudia Walmsley acredita que Delma vai contar perante os jurados e os outros réus. “Porém, se fizer o contrário, não vai me surpreender”, afirma.

ADIAMENTO – O júri popular dos acusados no Caso Jennifer Kloker já foi adiado duas vezes. Entretanto, Ana Cláudia Walmsley acha que não haverá mais tentativas, por parte da defesa dos réus, de procrastinar o julgamento “É possível que isso aconteça, mas não vejo a quem mais um adiamento vai favorecer. Os acusados estão presos e precisam ter a sua situação jurídica definida. A acusação necessita o fim deste processo para dar mais atenção a outros. Também não é interessante para a Justiça, que fica lenta com tantos recursos”, argumenta.

Fonte: FolhaPE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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