Promotoria e Hopi Hari negociam acordo e parque deve fechar por dez dias para perícia
O Ministério Público e a defesa do parque Hopi Hari, onde uma adolescente morreu ao cair de um brinquedo na última sexta-feira (24), negociam um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) pelo qual o parque deve ficar fechado por 10 dias.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, a promotora do consumidor Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira vai se reunir com representantes do parque na tarde desta quinta, e após a assinatura do acordo, o parque fechará “para perícia em todos os brinquedos”.
O R7 tentou entrar em contato com o advogado que representa o Hopi Hari, Alberto Toron, mas sua secretária informou que ele não poderia falar com a reportagem pois estava dirigindo. A assessoria de imprensa do parque não confirmou o fechamento e disse que se pronunciará apenas por meio de nota.
A cadeira em que a adolescente despencou e morreu estava inoperante há dez anos, de acordo com o promotor do caso, Rogério Sanches. Segundo ele, o fato comprova que houve falha humana no caso.
– Essa cadeira estava inoperante havia dez anos, tiraram a bobina que energizava a trava. No dia, alguém acionou manualmente as travas, equivocadamente ou não.
De acordo com o promotor, não houve erro na perícia.
– [ O fato] comprova falha humana. Houve uma negligência no grau máximo. A cadeira naturalmente não funcionaria. Alguém acionou manualmente a cadeira.
A perícia feita pelo Ministério Público e pela Polícia Civil e apontou que o assento realmente apresentou problemas. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Álvaro Santucci Noventa Júnior, quando o brinquedo começa a funcionar a trava se levanta e depois e depois abaixa fortemente.
Em seguida ao acidente, o parque informou que o assento da ponta, o mesmo que a garota estava sentada, estava interditado há anos e não foi usado. O advogado de dois funcionários do parque de diversões Hopi Hari, Bechir Ale Júnior, disse que seus clientes afirmam que a cadeira do brinquedo em a menina morreu estava quebrada e que o fato foi comunicado aos responsáveis pela atração.
– Eles estavam no momento, detectaram o defeito, que foi avisado e ignorado.
De acordo com o advogado, “era notório e de conhecimento de todos que o brinquedo não poderia operar”. Segundo Ale Júnior, o problema na trava da cadeira foi informado aos superiores 15 minutos antes dela começar a funcionar. Mesmo assim, a adolescente que morreu foi autorizada a sentar no assento defeituoso.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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