Reitores já admitem atraso em calendário
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Diante da greve dos docentes das universidades federais, que completa dois meses nesta terça-feira (17), os reitores da Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro, e Federal Rural (UFRPE), Maria José de Sena, já vislumbram a possibilidade de o ano letivo de 2012 só terminar em 2013. Por causa da paralisação, iniciada nacionalmente em 17 de maio, o reitor da UFPE decidiu não divulgar o edital de matrícula para os alunos veteranos, o que estava previsto para ocorrer domingo passado. Enquanto o movimento estiver valendo, os estudantes da instituição não vão se matricular para o segundo semestre porque o primeiro ainda não terminou.
“Se a greve perdurar pelos próximos 15 dias ou mais é possível que tenhamos que começar 2013 com aulas ainda de 2012. O Conselho Universitário da UFPE vai se reunir sexta-feira e uma das pautas é o calendário acadêmico. Vamos, com muita tranquilidade, reprogramar as atividades”, diz Anísio Brasileiro. Pelo cronograma inicial, aprovado em dezembro do ano passado, as aulas do primeiro semestre deveriam ter terminado no último dia 7. As matrículas, caso não houvesse greve, seriam realizadas entre 22 e 30 de julho. “Não faz sentido matricular os alunos se a universidade está em greve, pois o calendário foi interrompido.”
Na UFRPE, as matrículas dos veteranos está prevista para ocorrer de 23 de julho a 1º de agosto. Como na UFPE, também deve haver um novo cronograma. “Quando a greve terminar haverá reunião da Câmara de Ensino para definir o novo calendário. Precisaremos de uns 25 dias para concluir o primeiro semestre. Mais um prazo para matrículas e só depois começaremos o segundo semestre. Acredito que não dará tempo de encerrar tudo este ano”, diz Maria José de Sena. Os dois reitores vão hoje para Brasília. Participarão de uma reunião, pela manhã, na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). À tarde, estarão num encontro de reitores com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante.
INSATISFAÇÃO – Insatisfeitos com as propostas apresentadas pelo governo federal sexta-feira, docentes programaram várias atividades para os próximos dias. Na Rural haverá assembleia amanhã às 9h30, enquanto na UFPE será quinta-feira no mesmo horário. Também paralisados, os técnicos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) bloquearam hoje o acesso de veículos ao câmpus de Recife, localizado na Várzea, Zona Oeste. Em Brasília, amanhã, está prevista uma marcha nacional de servidores federais, que contará com a participação de pelo menos 80 técnicos e professores das federais pernambucanas. Dois ônibus saíram ontem do Recife rumo à capital do Brasil.
“O que o governo propôs é muito aquém do que esperávamos”, avalia o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), José Luís Simões. Segundo ele, uma das falhas da proposta foi deixar os aposentados de fora. “Também implicará em ampliação da quantidade de horas-aula, o que acarretará em diminuição da pesquisa. Isso não aceitamos”, enfatiza José Luís. Ainda conforme ele, dos 45% da proposta de reajuste concedidos pelo governo, 4% referem-se ao acordo feito ano passado. “O restante será diluído ao longo de três anos e não atende todos os professores”, critica.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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