De olho na questão da mobilidade e acessibilidade sustentável, Olinda irá implantar pinos hidráulicos de proteção e controle do trânsito de veículos. Eles são automaticamente operados, interditando o tráfego por meio de suas hastes que são recolhidas. Em 2013, 29 acessos distribuídos entre a Cidade Alta, a área dos Milagres e a de Santa Tereza, receberão essa tecnologia amplamente utilizada na Europa. Entre os principais trechos estão as ruas 15 de Novembro, 10 de Novembro, São Francisco, Bispo Coutinho, Bica dos Quatros Cantos e Cel. João Lapa, além da avenida Liberdade. A iniciativa é pioneira no Brasil e terá um custo inicial de R$ 10 milhões, divididos entre o Governo Federal, Estadual e Prefeitura de Olinda.

Os critérios de uso desses aparelhos ainda serão discutidos. Eles podem limitar entrada de veículos por peso, por horário, por locais, por condutor, sendo este morador ou comerciante, por exemplo, entre outros. “Essa tecnologia irá contribuir em vários aspectos. Resolve o nosso problema de depredação do patrimônio, deixa os espaços turísticos mais livres dessas intervenções, além de aumentar a segurança, já que este dispositivo será acionado por meio de uma central de monitoramento que funcionará durante 24 horas”, revelou o secretário executivo de Transporte e Trânsito de Olinda, Adriano Max.

Os pinos têm alta durabilidade e são resistentes a impactos, chegam a suportar o impacto de um caminhão de 6,8 mil quilos, em uma velocidade de oito quilômetros por hora. Segundo Max, a intenção é, a partir disso, observar o seu funcionamento e elaborar novas ações específicas de acessibilidade e mobilidade. “Poderemos permitir apenas a entrada a pé, a construção de prédios garagens e também oferta de transporte para chegar até a Cidade Alta, por exemplo”, disse. O projeto para implementação dessa tecnologia é resultado do trabalho em conjunto da Secretaria de Transportes, Controle Urbano e Ambiental de Olinda, Secretaria de Patrimônio e Cultura e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A tecnologia é desenvolvida pela empresa espanhola Pression & Fuerza, representada pela Sinalvida.

O anúncio da implementação da nova tecnologia foi feito durante o seminário sobre Mobilidade Urbana em Sítios Históricos, na V Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, que teve início nesta segunda-feira (13) e segue até a próxima sexta-feira (17). Na ocasião a coordenadora de Gestão e Qualificação Urbana da Coordenação Geral de Cidades Históricas – IPHAN falou sobre como essa questão é tratada e qual a realidade do Brasil e do mundo. Confira o vídeo.

Rota São Bento e Sé democratiza o acesso

No que se refere a questão de acessibilidade, desde 2007 Olinda investe com mais força e já tem diversos projetos aprovados pelo PAC Cidades Históricas. Um deles é a Rota São Bento, que começa na Praça do Carmo e termina no Largo do Varadouro. Já há sete travessias elevadas construídas e outras quatro aguardam liberação de verba. Há também a Rota Sé, que começa na Ladeira de São Francisco e termina nos Quatro Cantos, dando possibilidade de acesso aos principais pontos turísticos da cidade e monumentos históricos.

Além deste, há também a Rota Sé, que começa na Ladeira de São Francisco e termina também nos Quatro Cantos, dando a possibilidade de acesso aos principais pontos turísticos da cidade e monumentos históricos tombados. “Temos vários outros projetos já aprovados, no aguardo da chegada dos recursos. São boas as expectativas para o futuro, com avanço na mobilidade e preservação da cidade histórica, mantendo a nossa paisagem urbana livre de interferências”, disse a secretária de Patrimônio e Cultura, Márcia Souto.

Fonte: FolhaPE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)