Três em cada dez alunos entraram em universidades federais em 2010 pelo Enem

Três em cada dez estudantes entraram em cursos presenciais de universidades federais em 2010 por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A informação consta do Resumo Técnico do Censo da Educação Superior, divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

De acordo com o estudo, 79.506 (31,7%) dos 251.059 novos alunos dessas instituições ingressaram após fazer a prova. No país, 15,4% de todos os estudantes –de instituições públicas ou privadas de ensino superior- entraram por meio do Enem. A região Sul é campeã de acessos às universidades federais via Enem. Quase metade dos ingressantes (44,2%) prestou o exame (veja os números completos abaixo).

Para especialistas ouvidos pelo UOL Educação, os números podem mostrar um sinal inicial rumo à democratização do acesso, mas o ideal seria aumentar o número de vagas nas universidades públicas ou estimular políticas como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Ingressos no ensino superior – Brasil
Total     Federal     Estadual     Municipal     Privada
Total     1.590.212     251.059     130.035     27.468     1.181.650
Com o uso do Enem     244.362     79.506     2.454     652     161.750
15,4%     31,7%     1,9%     2,4%     13,7%

Fonte: Inep/MEC

O ano de 2010 é o primeiro em que os estudantes entraram nas universidades com este novo modelo do Enem. A prova de 2009 foi a que implantou as mudanças no exame.
Todos os usos

A universidade decide se vai usar o Enem ou não. A partir daí, cada instituição também tem a liberdade de escolher se usará somente o exame para a seleção (caso, por exemplo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ), se a nota contará parcialmente (a Federal de Minas Gerais utilizou o Enem, no ano passado, como primeira fase) ou para preenchimento separado de vagas (como a Universidade de Brasília, que usa a prova para preencher vagas remanescentes).

Quando o número total é desmembrado em “uso exclusivo” e “uso não exclusivo”, percebe-se que pouco mais da metade (54,27%) dos alunos que entraram em cursos presenciais nas federais participaram de processos que usavam somente o Enem (veja tabela ao lado).

Nas faculdades particulares, o total de ingressos corresponde a 13,7% do total (161.750 de 1.181.650 estudantes entraram pelo Enem). Segundo o Inep, esse resultado sugere que “o Enem contribui consideravelmente na organização dos processos seletivos realizados por instituições privadas”.
Democratização

Para Silvia Maria Leite, professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e especialista em acesso à educação superior, o uso da nota do Enem mostra algo, mas ainda é um “movimento fraco” rumo à democratização.

“O Enem facilita à medida em que o candidato deixa de fazer uma peregrinação pelo país. Mas a gente não pode pensar em democratizar o acesso só pelo processo da seleção. A gente tem que pensar no antes e no durante. Para pensar o acesso, tem que ter uma boa educação básica, por exemplo.” Ela acredita, mesmo se dizendo favorável ao exame, que o Enem é o Estado “regulando e regulamentando” a entrada neste nível de ensino.

“O Estado resolve criar um exame para avaliar a saída [do ensino médio] e esse exame acaba sendo um de entrada no ensino superior. Não tenho nada contra o Enem, acho que ele é melhor que o vestibular. Mas é o estado mais uma vez tomando as rédeas do acesso ao ensino superior.” A utilização do Enem é de escolha da universidade.

Já para Mozart Ramos Neves, conselheiro do movimento “Todos pela Educação” e ex-reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), esse número de ingressos nas federais pelo Enem já é algum sinal. “A gente está começando uma bola de neve. Para uma primeira fase, já é um percentual representativo”, diz.

Segundo ele, no entanto, o que melhora o acesso ao ensino superior não é a prova em si –“ela poderia ter outro nome que o efeito seria o mesmo”, afirma– , mas a criação de uma “matriz” de vagas.

“O que democratiza é você ter um sistema nacional de oferta de vagas. Esse é o pulo do gato. Não é o Enem em si. É o fato de que a forma estrutural pela qual o Enem foi montado, pelo Sisu, por exemplo, que democratizou o acesso a outras universidades”, diz.

Pagando uma única taxa de inscrição e fazendo uma única prova, é possível concorrer, ao mesmo tempo, a vagas em diferentes instituições. “O ‘xis’ da questão”, afirma Ramos, “é que o Enem possibilitou um acesso matricial de ingressos: um conjunto de universidades, um conjunto de vagas.”

Fonte: Uol Notícias

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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