Vendas de veículos novos sobem 11,5% em maio
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Maio foi marcado por um mês cheio de promoções, por parte de montadoras e concessionários com a necessidade de desencalhar os estoques, e pelas medidas anunciadas pelo governo Federal de redução do IPI e de estímulo ao crédito. O resultado da agitação do setor é observado no balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado nesta terça-feira (5), que aponta para alta de 11,53% das vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus).
De acordo com o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, a aprovação das fichas de crédito aumentaram 20%, após as medidas do governo negociadas com os bancos privados. “Isso é muito positivo.” Segundo ele, os estoques já reduziram de 15 a 20 dias.
Ao todo, foram emplacadas no período 287.590 unidades. Em abril, o volume foi de 257.861, considerado um mês fraco. Por isso, embora a recuperação tenha sido na casa de dois dígitos, ao comparar com maio de 2011, o resultado deste ano representa queda de 9,71%. Em maio do ano passado, foram emplacados 318.510 veículos.
“O reflexo das mudanças ainda não refletiu totalmente nos números, mas o fluxo nas lojas aumentou e a qualidade de crédito melhorou”, disse Flávio Meneghetti. Segundo ele, os bancos mudaram. “É importante o financiamento ‘saudável’. Hoje você não vê mais financiamento sem entrada”, afirmou.
Meneghetti afirma ainda que nos próximos 15 dias será observada recuperação mais forte. “Estou otimista.” A Fenabrave acredita que os estoques voltarão ao normal dentro de 60 dias. Segundo o presidente da entidade, um estoque saudável é de 20 a 30 dias. Antes das medidas, os estoques nas concessionárias eram de 45 dias.
No entanto, para a Fenabrave, que espera um segundo semestre mais forte, tal desempenho não significa crise, mas sim uma natural acomodação do mercado, já que os patamares dos anos anteriores estavam muito elevados, ou seja, insustentáveis para os próximos anos.
Porém, o acumulado de janeiro a maio deste ano aponta retração do mercado de 4,8%, com 1.363.673 unidades emplacadas contra as 1.432.780 do mesmo período do ano passado.
Gol na lideranca
Na briga entre os modelos mais vendidos, o líder Gol continua em vantagem em relação ao Uno, segundo colocado. O Volkswagen encerrou maio com 20.937 unidades emplacadas, contra 17.459 do Uno. No acumulado do ano, o Gol comercializou 99.284 unidades, contra 92.864 do concorrente direto.
GM supera VW no ranking das montadoras
Em maio, a Fiat obteve 21,67% do mercado de automóveis e comerciais leves. No entanto, quem surpreendeu foi a GM, com 19,96% do mercado brasileiro, passando a Volkswagen, agora com 19,8%. Em quarto, a Ford ficou com 8,84% e a Renault se aproxima com 6,35%. Em sexto vem a Honda (3,93%), seguida de Nissan (3,22%), Toyota (3,02%), Hyundai (2,68%) e Peugeot (1,92%).
No entanto, no acumulado de janeiro a maio, a Fiat lidera com 22,18% contra 20,61% da Volkswagen. A General Motors (GM) aparece em terceiro (18,03%), seguida por Ford (9,36%), Renault (6,68%), Nissan (3,47%), Honda (3,29%), Hyundai (2,79%), Toyota (2,71%) e Citroën (2,07%).
Automóveis e comerciais leves
Ao destacar exclusivamente o segmento de automóveis e comerciais leves – o mais afetado pelo aumento da restrição de crédito observado no primeiro quadrimestre do ano – a recuperação é semelhante à do setor como um todo. Em maio, saíram das concessionárias 274.490 carros, aumento de 12,11% sobre abril, com 244.833 unidades. Por outro lado, na comparação com maio de 2011, o balanço da Fenabrave aponta queda de 8,65%, já que no período foram vendidas 300.534 unidades. No acumulado, o setor soma 1.291.913 unidades emplacadas, retração de 4,37% sobre o mesmo período do ano passado, com 1.350.987.
Motocicletas
Calculado separadamente, o segmento de motos também mostrou alta no mês, de 13,35%, com 149.881 unidades. Em abril, foram 132.224 unidades. Sobre maio de 2011, há queda de 12,7%, quando foram emplacadas 171.688 unidades. No acumulado de janeiro a maio, foram vendidas 724.653 motocicletas, alta de 4,2% sobre o ano passado, com 756.421 unidades.
“No cado de motos, a situação é bem diferente, porque é um segmento mais sensível ao crédito”, afirmou Meneghetti. O empresário explica que a restrição de crédito no segmento continua e que o aumento da demanda é consequência da redução das taxas de juros. “É um segmento que precisa de consórcios.”
Sobre a alteração no IPI das motos no Brasil, a Fenabrave informou que atingirá, principalmente, motos de até 50 cm³. “Existe um volume enorme nas motos de até 50 cc que são independentes, fabricadas na Ásia. O objetivo dessa medida foi atingir esses produtos”, destaca Meneghetti. Segundo a Fenabrave, 150 mil motos é o tamanho deste mercado. “Grande parte são os ciclomotores, que não são emplacados e são vendidos, na maioria, no Norte e Nordeste do país.”
Previsão
Para a previsão deste ano, o que preocupa a Fenabrave é a redução do PIB brasileiro. A entidade acredita, que isto é reflexo da crise na Europa e na quebra de safra. No entanto, a entidade aposta na ação contínua e pontual do governo. “Ainda é cedo para revermos nossas expectativas”, ressalta o presidente da Fenabrave. No entanto, o setor acredita na tendência de crescimento.
Fonte: Auto Esporte
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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