Versão de segurança não se encaixa
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Algumas informações passadas à polícia pela peça fundamental para o esclarecimento da morte de Sérgio Falcão, o policial militar reformado e ex-segurança do empresário, Jailson Melo, não teriam se encaixado com os dados colhidos pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC). Segundo fontes policiais que pediram reserva, isso foi constatado na tarde desta segunda-feira (03), quando foi realizada, no edifício 14 Bis, na avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, uma reconstituição que terá fundamental importância para a elucidação do caso, ocorrido no último dia 28 de agosto. O resultado oficial desse trabalho só deverá ser divulgado com a conclusão do inquérito, quando todos os laudos das provas técnicas estiverem prontos.
As discordâncias entre os dados colhidos pelo IC durante as perícias preliminares e as informações dadas pelo PM reformado, na cena da morte, teriam sido em relação à posição do corpo do empresário e a rota utilizada por Jailson para deixar o apartamento. De acordo com as fontes policiais que falaram à Folha de Pernambuco, o fato de não terem sido divulgadas imagens do local do crime, vai contribuir para um melhor resultado da simulação.
Além do ex-segurança, que estava armado com uma pistola calibre 380 no quarto do empresário no momento da morte, participaram da reprodução simulada o porteiro do edifício, a empregada doméstica de Sérgio Falcão e o funcionário de uma lavanderia que foi entregar roupas. Esteve presente ainda um ator que representou o papel do empresário. Todos foram coordenados por três peritos do IC, dois do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), além de dois auxiliares e três delegados, sendo dois deles do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
A simulação teve início às 15h15, quando Jailson Melo, a pedido da polícia, pilotou uma moto para mostrar como fez no dia da morte. Vindo da rua dos Navegantes, ele utilizou a rua Félix de Brito para ter acesso ao portão da garagem do condomínio. Tocou ao interfone, se apresentou ao porteiro e entrou no edifício deixando a motocicleta na vaga de estacionamento do empresário. A partir daí, a Imprensa não teve mais permissão para registrar a reprodução, pois o restante ocorreu dentro do apartamento 1002, onde morava Sérgio Falcão.
Dentro do imóvel, foram efetuados, inclusive, dois tiros com bala de festim, para que os peritos pudessem verificar se do cômodo em que a empregada doméstica do empresário disse ter ficado, quando ocorreu a morte, dava para escutar o estampido. “Constatamos que de onde ela estava dava para ouvir. A funcionária então nos confirmou ter percebido o barulho, mas pelo nervosismo se confundiu. A simulação foi conclusiva, mas só depois vai ser dado o parecer final”, disse o perito Jairo Lemos. O gestor do DHPP, Casimiro Ulisses, explicou que a reprodução, feita em quase duas horas, serviu para confrontar tudo o que já foi colhido. “Apesar disso, ainda não mudou nada para nós. Continuamos na posição de incerteza”, disse.
Fonte: FolhaPE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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