Vizinhança ouvia gritos, mas trio tentava disfarçar com batidas de panela e som alto
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Os atuais moradores da residência em que Jorge Beltrão morou com a mulher e a amante, no Bairro de Rio Doce, em Olinda, passaram a manhã desta quinta-feira (19) na expectativa de que fossem iniciadas as buscas no local. A aposentada Conceição Diniz, de 61 anos, vive na residência com o marido, as duas filhas e o filhos de uma delas, uma menina de 8 anos e um menino de 13 anos.
A aposentada destacou que os netos ficaram com medo de viver no local após a divulgação da informação de que uma mulher pode estar enterrada. A garota, de 8 anos, tem medo de ficar em casa e passa grande parte do tempo com a vizinha. “Faz oito dias que a gente espera vir alguém aqui resolver isso. Dentro de casa eu acredito que não tenha nada, mas no quintal tem muito espaço”, observou.
Conceição destacou que a família teve a rotina modificada após a prisão do trio suspeito de canibalismo e assassinatos em série em Pernambuco e na Paraíba. “Ontem eu quase perdi o médico esperando que a polícia viesse aqui. Também tem as pessoas que ficam falando e observando. Espero que isso tenha logo fim”, disse.
Cíntia Carina da Silva, de 18 anos, disse lembrar bem dos moradores antigos e os sinais estranhos. “Vez ou outra, ouvíamos muitos gritos, e, de repente, o som era ligado, bem alto, e começavam a bater as panelas. Isso acontecia sempre de madrugada, quando estava chovendo e trovejando”, revelou.
Essa vizinha afirma ainda que viu poucas vezes Jéssica Camila da Silva Pereira, uma provável vítima do trio e mãe da garota que mora com a família. Ela seria moradora de rua e teria ido viver na casa. “Ela aparecia na janela, muito raramente. Mas, todas às vezes, tinha um olhar triste, como se quisesse pedir ajuda. Depois que eles se mudaram, saíram só os três, menos Jéssica. Até hoje ninguém soube do paradeiro dela. Ela era galega e bem bonita”, lembrou.
Outro vizinho, que não quis se identificar, contou que eram frequentes os churrascos na parte de traz da casa. Muitos recordaram dos salgados que eram famosos pelo bairro. “Dona Isabel revendia os salgados para Seu Edson. Ele é muito famoso por aqui e todo mundo comia lá”.
Os vizinhos se aglomeram na rua, desde as 9h, para ver o esquartejador de perto, pois acreditam que ele possa vir com a polícia para ajudar nas buscas. Muitos que não querem se identificar, estão movidos pela revolta e dizem que o intuito é agredi-lo. Há até quem diga que ele deveria sofrer o que as mulheres sofreram. “Era para a polícia deixar a gente arrancar cada pedacinho dele”, disse um vizinho.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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