Zuckerberg dispara: Saverin seria rico porque Brasil tolera ilegalidade
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Com a proximidade do IPO do Facebook, que poderá avaliar a empresa em até 100 bilhões de dólares, o furor em torno da maior rede social do mundo aumenta. As histórias de bastidores também. Nesta terça, a Business Insider publicou uma série de mensagens de texto enviadas por Mark Zuckerberg a amigos e advogados. O conteúdo? A crescente insatisfação do atual CEO do Facebook com o brasileiro Eduardo Saverin, co-fundador da companhia.
Como se sabe, Saverin viu minguar sua participação na empresa depois de uma jogada orquestrada por Zuckerberg para afastá-lo das decisões operacionais do Facebook. A contenda virou livro e, mais tarde, foi levada para as telas de cinema. Isso porque o estudante teria sido o primeiro a apostar no Facebook, investindo 15.000 dólares na companhia quando ela dava seus primeiros passos.
Segundo a Business Insider, a suposta leniência do brasileiro e sua (pouca) disposição em tornar a gestão eficiente mostram, por outro lado, que Zuckerberg teria tirado uma pedra do caminho do Facebook ao afastá-lo da empresa. Confira, abaixo, trechos de conversas que denunciam como degringolaram as relações entre os dois, reproduzidas pela Business Insider.
Por que Saverin foi escolhido como parceiro
O fato do estudante mostrar tino para os negócios teria sido fundamental para que ele se tornasse o primeiro investidor do Facebook. O tamanho da sua conta bancária também. Em mensagem de texto enviada a um amigo, Zuckerberg afirmou que Saverin seria rico porque “aparentemente insider trading não seria ilegal no Brasil.” No livro “Bilionários por acaso – a criação do Facebook”, Ben Mezrich sustenta que Eduardo teria impressionado os colegas de Harvard depois de ganhar 300.000 dólares negociando contratos de petróleo.
Seis meses depois do lançamento da rede social, em 2004, Zuckerberg e o sócio Dustin Moskovitz mudaram-se para o Vale do Silício, na Califórnia. Saverin foi para a outra costa do país, estagiar no banco Lehman Brothers. O relacionamento entre os co-fundadores começou a azedar a partir daí. Anúncios não autorizados por Zuckerberg passaram a pipocar no Facebook. Quem aparecia era a Joboozle, uma startup voltada para o mercado de trabalho que Saverin tinha desenvolvido de maneira independente. “(…) Basicamente você fez uma coisa que vai acabar competindo com o Facebook por si só. Mas colocar anúncios para divulga-lá, especialmente de graça, chega a ser mesquinho”, disse Zuckerberg em e-mail.
A gota d’água
Ainda em 2004, Saverin precisava dar o aval para um processo que permitiria à empresa receber uma nova rodada de investimentos. Sua demora em autorizar o negócio teria irritado Mark e plantado a semente para o pontapé. “Ele deveria ter estruturado a companhia, levantado financiamento e criado um modelo de negócios. Falhou nas três coisas. Agora que não vou voltar para Harvard, não preciso me preocupar em ser espancado por bandidos brasileiros”, escreveu Zuckerberg para Moskovitz.
Arquitetando o adeus
“Existe uma maneira de fazer isso sem que fique dolorosamente evidente que a participação (de Eduardo) está sendo diluída a 10%?”, perguntou o jovem bilionário ao seu advogado antes de dar cabo ao plano. No fim de 2004, Eduardo assinou papéis sobre a nova estrutura acionária do Facebook. Sem que se desse conta, aprovou uma cláusula que previa a entrega de seus direitos de voto a Mark Zuckerberg. No começo de 2005, uma nova leva de ações da empresa foi emitida. Como diretor único, Zuckerberg distribuiu os papéis como queria, inchando sua participação e contemplando todos os outros sócios, com exceção, é claro, de Saverin. Com isso, o brasileiro viu sua fatia na empresa diminuir de 24% para menos de 10%. Eduardo chiou na justiça. Foi demitido no dia seguinte. Depois da trocas de farpas e um acordo não revelado entre as partes, a Business Insider estima que ele tenha ficado com uma fatia avaliada hoje em mais de 4 bilhões de dólares.
Fonte: Exame.com
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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