Alergias atingem 30% da população
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Tapete é uma peça em desuso na casa de Josuel Francisco dos Santos, morador de Ipojuca. Lá, também, vassoura e espanador têm perdido a função para panos umedecidos. O diagnóstico de alergia dado à filha Letícia, 3 anos, mudou a rotina da família, que, em razão dos novos cuidados, convive menos com as crises de rinite, muito típicas nesta época do ano.
Tentar controlar essa reação do organismo e se expor menos a elementos irritantes são as recomendações médicas para esta terça-feira, Dia Nacional de Prevenção das Alergias. “Cerca de um terço da população tem doença alérgica e só uma minoria tenta controlar a doença de forma correta”, alerta o alergologista Waldemir Antunes.
O pai dele, Walfrido Antunes, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai) e com mais de 40 anos dedicado ao tratamento de alérgicos, explica que as alergias respiratórias são as mais comuns, seguidas das relacionadas à visão, a alimentos e de contato com a pele. A chegada do outono no Nordeste aumenta a frequência de asma e rinites, em razão dos ácaros e do mofo.
Josuel sabe bem o que é isso. Agora capricha na limpeza do ambiente nos moldes recomendados pelo alergologista. “Todo dia passamos pano úmido e retiramos o que pode juntar ácaro e poeira, como o tapete.” Ele também submeteu a filha a testes para descobrir o motivo da alergia e cumpre rigorosamente o tratamento médico, com vacinas mensais. “Ela está bem melhor, as crises reduziram”, conta.
Letícia é alérgica à poeira. O pai não tem como evitar a fumaça dos carros que passam na porta de casa, mas mudou o que está ao seu alcance. O diagnóstico preciso da alergia é importante, enfatiza Walfrido Antunes. “A imunoterapia é específica”, esclarece. As injeções subcutâneas podem ser semanais ou mensais, até que haja a cura clínica. A doença é determinada por um fator genético herdado ou por condição individual.
ALERTA – Waldemir Antunes, especialista como o pai, lembra que é preciso aumentar a participação de alergologistas na saúde pública, para melhorar o acesso do paciente ao tratamento adequado. Já existem remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS ou disponíveis com desconto, em programas do Ministério da Saúde, como Farmácia Popular.
Com poucos médicos na rede pública, a espera é inevitável. “Estou há seis meses com uma irritação na pele. Só consegui consulta no Recife, em ambulatório especializado, depois de três tentativas de marcação feita pela Secretaria de Saúde de Paulista”, conta Simone Maria do Nascimento.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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