Alunos de medicina protestam contra ‘importação’ de médico sem prova
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Alunos de 23 faculdades de medicina do Estado de SP, com rostos pintados de verde e amarelo, realizam um protesto na tarde deste sábado contra a entrada de médicos estrangeiros no país sem a realização do exame Revalida, que analisa os conhecimento desses profissionais.
O grupo de cerca de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar, saiu da rua Maria Paula, na região central da capital paulista, por volta das 12h20. O trânsito no local foi fechado para a passagem dos manifestantes. Eles passaram pela avenida Brigadeiro Luís Antônio e terminaram a passeata no Largo São Francisco, onde chegaram às 12h50, de onde houve a dispersão.
Em um manifesto elaborado pelos estudantes, eles afirmam que não são contrários à entrada de médicos estrangeiros no Brasil, mas, sim, à proposta do Governo Federal de liberá-los da prova.
“Acreditamos que esses médicos devem ser avaliados por uma prova que certifique a qualidade da formação e do conhecimento”, diz o documento.
“Nosso ponto de vista não está fundamentado nos interesses de classe, mercado de trabalho, nem em xenofobismo, mas sim na oferta de uma medicina que seja exercida com qualidade”, continua o manifesto, assinado pelas 23 faculdades, entre elas a da USP e a da Santa Casa.
“Existem muitas dúvidas sobre essa proposta do governo que precisam ser esclarecidas”, afirmou Marjorie Arruda, do Centro Acadêmico da Santa Casa.
Antes do protesto, entidades médicas se reuniram na sede da Associação Paulista de Medicina, na região central, para entregar à imprensa uma carta à população, assinada por 63 entidades, também contraria à política do governo Federal.
“É com grande preocupação que vemos essa proposta. Em qualquer lugar do mundo o médico tem que ser submetido a uma avaliação”, afirmou Renato Azevedo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo). “Não faltam médicos no país. Mas eles não estão nas periferias. O problema é que não há uma carreira médica, remuneração e locais de trabalho adequados”, complementou.
PROFESSORES
Professores da rede municipal de São Paulo também protestaram na tarde deste sábado. O grupo de cerca de 150 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se reuniram no vão livre do Masp, na avenida Paulista, e depois seguiu em passeata até a praça Roosevelt.
A categoria pede mais atenção à educação após encerrar, ontem, a greve iniciada no último dia 3. Os professores afirmaram que as negociações com a prefeitura avançaram e que não será descontado dos salários o tempo não trabalhado.
Fonte: Folha.com
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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