Ambev se prepara para os 100 anos do Guaraná Antarctica
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A Ambev é a maior consumidora da produção de guaraná da Amazônia. Compra quase tudo que é produzido em Maués e ainda parte da produção de outras localidades da Amazônia Legal para suprir sua demanda de 450 toneladas por ano. O Guaraná Antarctica detém 43% do mercado de guaranás e 10,7% do mercado de refrigerantes no Brasil.
A relação do Guaraná Antarctica é tão forte com a região que a Ambev instalou ali, em 1971, a Fazenda Santa Helena com objetivo de fazer o melhoramento genético, desenvolver mudas e incentivar a cultura do guaraná. As mudas são distribuídas com agricultores cadastrados, que recebem ainda orientações técnicas para o cultivo. “Não visamos o abastecimento da indústria, tanto que só 5% do consumo vêm de lá”, explica Edvaldo Galetti, gerente da fábrica de concentrados de Manaus. São 1.070 hectares de terra, sendo que só 187 são cultivados. O resto é área de preservação. Vêm dos 300 cultivadores amazônicos cadastrados a grande parte do guaraná que abastece as 22 fábricas no Brasil e as duas franquias no exterior – Japão e Portugal. Eles já entregam as sementes torradas para a indústria.
A fábrica de extrato de Maués, montada, em 1962, produz 280 mil litros do produto por ano, que seguem para a fábrica de concentrados de Manaus, inaugurada em 1998 para facilitar a logística da operação. Nesta fabrica são finalizados os dois kits (de concentrado com aromas e a parte sólida) que dão origem ao refrigerante Guaraná Antarctica. A formula é protegida por dois guardiões, que também são desconhecidos da maioria dos funcionários. “O segredo são os aromas”, dá a pista Carlos Eduardo Henriques dos Santos, gerente de desenvolvimento de refrigerantes.
Preparando-se para os 100 anos do refrigerante, em 2021, a Ambev trabalha para ampliar a produção da fazenda para 200 hectares e elevar a produtividade de 500 gramas de semente por planta para 800 gramas. “Queremos colher 100 toneladas no centenário da marca”, diz, Galetti.
História
A maior parte da produção das sementes de guaraná da Amazônia vai mesmo para indústria de bebidas. Na primeira década dos anos de 1900, a pioneira fábrica Andrade já produzia, em Manaus, o guaraná e outras bebidas gaseificadas. Era uma novidade mundial. Depois surgiu o Guaraná Freitas Pinto, o Luseia, o Baré e o Magistral. Andrede esteve em várias feiras mundiais com seu produto e recebeu vários prêmios.
Atualmente o Baré é líder em vendas na região. Foi comprado em 1969 pela Ambev. A Coca-Cola também mantém uma fazenda de cultivo na região. A produção no município amazonense de Paulo Figueiredo atende ao fabrico do guaraná Kuat, mas não é autossuficiente. Muitos agricultores também fornecem sua produção para a empresa.
Na década de 60, o cientista Nelson Maravalhas denunciou que vários produtos denominados guaraná não tinham em sua composição a substância, levando apenas corantes e aromatizantes. Por isso, um Decreto-Lei de 1944 determinou que a bebida deva ter em sua composição 6% da substância. Mas esse teor foi reduzido posteriormente para 3%, visando um liquido mais límpido.
Fonte: Folhape
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário