Após estabelecer um recorde histórico no cinema nacional, com mais de 26 milhões de ingressos vendidos para as 120 produções que entraram em cartaz, a Agência Nacional de Cinema (Ancine) divulgou as regras e valores das chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O investimento nas produções cinematográficas e televisivas será de R$ 400 milhões, com três novas linhas de ação e um sistema automático de financiamento para empresas.

Vale ressaltar que esse valor representa 40% do orçamento do FSA para este ano (R$ 990 milhões), pois o restante foi contingenciado pelo Governo Federal. O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, fez o anúncio ao lado da ministra da Cultura, Marta Suplicy, em um auditório preenchido por representantes do audiovisual brasileiro.

“Isso tem a ver com o clamor, em particular da imprensa, pelo ajuste fiscal, para que o Estado brasileiro faça reservas de recursos vultosos para honrar a dívida pública”, disse Manoel, que também explicou como funciona o financiamento automático: “A programadora deverá se comprometer com algum mecanismo transparente de seleção de projetos de produção independente para compor sua grade de programação”.

“Com isso, pretendemos maior compromisso das televisões com a programação independente e mais agilidade na colocação destas obras na grade de programação”, explicou o diretor da Ancine. “O sistema de suporte automático estimula a meritocracia, o reconhecimento do desempenho. E estou falando de todos os desempenhos, da venda para TV aberta e por assinatura, do lançamento em salas de cinema, da colocação em qualquer segmento de mercado. Isso permite a permanência daquilo em que se acerta, a valorização do mérito”.

Em 2013, os filmes produzidos no Brasil somaram uma incrível arrecadação de R$ 270 milhões, valor bem maior que os R$ 157 milhões registrados no ano anterior.

Os longas que se destacaram no país foram “Minha Mãe é Uma Peça – O Filme”, com R$ 49,4 milhões arrecadados e “De Pernas Pro Ar 2”, com R$ 44 milhões. O primeiro, inclusive, figurou na quarta posição dos filmes mais vistos do ano no Brasil, em competição direta com os filmes internacionais. Já o filme estrelado por Ingrid Guimarães ficou na sétima colocação.

Em “Minha Mãe é Uma Peça”, fenômeno nacional, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma mulher de meia idade, divorciada do marido (Herson Capri), que a trocou por uma moça bem mais jovem (Ingrid Guimarães). Hiperativa, ela não larga o pé de seus filhos Marcelina e Juliano (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo), sem se dar conta que eles já podem cuidar de si mesmos. Um dia, após descobrir que eles consideram ela uma chata, resolve sair de casa sem avisar para ninguém, deixando todos preocupados.

Fonte: Ache Belém