Esperança é o que move os cerca de 300 pacientes de Parkinson no Estado na busca de novos tratamentos que diminuam os sintomas da doença e na possibilidade de cura do mal. Todos esses homens e mulheres fazem parte da Associação de Parkinson de Pernambuco (APP) que organiza entre esta quinta-feira e sábado, o 2ª Simpósio Nacional de Pesquisa na Doença. O encontro é uma nova oportunidade de discutir avanços no acompanhamento dos portadores da doença, e envolve discussões sobre novidades medicamentosas, procedimentos cirúrgicos e tratamentos nutricionais combinados. O seminário será no auditório do Hospital Português, no Recife, e aberto à classe médica, estudantes e público em geral.

O acadêmico e neurologista Márcio Andrade destacou o esforço que os pesquisadores têm feito ao longo dos anos na busca de respostas sobre a doença, e acredita que a engenharia genética terá papel primordial para avanços de técnicas de controle do Parkinson. Um dos fatos comemorados foi a identificação da relação entre a doença à mutação de um gene para a proteína alfa-sinucleína. A descoberta já tem orientado acadêmicos a suprimir essa deficiência antes que o Parkinson apareça. “Tudo isso abre espaço para esperança de cura, mas ela ainda é mais distante”, disse. Para Andrade, o que deve acontecer em um prazo mais curto são novas drogas que permitam minimizar os feitos de tremedeira e rigidez muscular.

De acordo com o médico, até hoje a medicação L-Dopa – que tem mais de 50 anos – continua sendo o antiparkinsónico mais potente. Outro procedimento utilizado com sucesso para a contenção do mal é a cirurgia DPS, que consiste na colocação de uma espécie de eletrodo no cérebro. “Já temos feito aqui em Pernambuco no Hospital das Clínicas e na Restauração,além da rede privada. Ela é indicada para quem tem a doença há mais de cinco anos até menos de 15 anos”, comentou frisando o custo de R$ 250 mil da operação, um dos fatores que não a tornam muito popular.

Serviço
-Os interessados em participar do encontro podem se inscrever no site www.parkinsonpe.eventize.com.br ou no telefone 3424.2710. As inscrições custam R$ 120. Estudantes pagam R$ 60 e os associados da APP pagam R$ 30.

SAIBA MAIS
– O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio.
– O mal tem 15% dos casos relacionados a hereditariedade e 80% tem causas diversas como disposição ambiental.
– Pessoas com exposição regular e sem proteção a inseticidas, herbicidas e metais pesados tem maior predisposição a desenvolver a doença.
– A doença não leva a morte, mas depois de 15 anos do início dos sintomas, passa a diminuir a expectativa de vida.

Fonte: Folha-PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)