Atividade física não ajuda a combater insônia de forma imediata
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Embora a atividade física seja recomendada para pessoas que sofrem de insônia, o vínculo entre exercícios e uma boa noite de sono só é estabelecido longo prazo – e com a prática regular da atividade. É o que indica estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Journal of Clinical Sleep Medicine. Ainda segundo o estudo, não só o exercício interfere no sono, como o sono afeta a atividade física.
“Dormir mal não altera a capacidade aeróbica de uma pessoa, mas muda a sua percepção de esforço. Ou seja, ela se sente mais exausta”, diz Kelly Baron, diretora do programa de comportamento do sono da Universidade Northwestern, Estados Unidos, e coordenadora da pesquisa.
De acordo com Baron, ela iniciou o estudo depois de ouvir de seus pacientes que a atividade física recomendada para tratar a insônia não surtiu efeitos imediatos. “Existe o conceito de que exercícios melhoram o sono, mas eu pensei que provavelmente isso não fosse tão simples para pessoas com insônia”, disse a pesquisadora em comunicado divulgado pela universidade.
O estudo foi feito com 11 mulheres com uma média de 61 anos e que sofriam de insônia. Elas foram orientadas a praticar 30 minutos de exercícios aeróbicos diários, três vezes por semana, durante quatro meses.
Efeito a longo prazo — Segundo os resultados, a prática de determinado exercício físico não melhorou o sono dessas mulheresno curto prazo. No entanto, depois desses quatro meses, as participantes relataram uma melhora no tempo de duração do sono a cada noite e também na avaliação que faziam sobre a qualidade do próprio sono.
“Pacientes com insônia têm um nível elevado de atividade cerebral. Leva-se um tempo para que esses níveis voltem ao normal de uma maneira que facilite o sono”, diz Phyllis Zee, coautor do estudo. Segundo o pesquisador, é importante saber que os exercícios físicos ajudam a resolver, embora somente a longo prazo, a insônia — mesmo em mulheres acima dos 60 anos. Isso porque muitos medicamentos usados para tratar o problema acabam prejudicando habilidades como a memória em pessoas dessa idade.
Os pesquisadores acreditam que esses resultados também sejam válidos para homens, uma vez que não há evidências de que existam diferenças significativas no tratamento de insônia entre os gêneros. “Os indivíduos precisam entender que precisam se exercitar e persistir nessas atividades para melhorar o sono”, diz Baron.
Fonte: Revista Veja
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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