Vários cartões-postais, monumentos e prédios particulares são iluminados nesta quinta de azul com a intenção de chamar atenção para o dia mundial de uma doença que, cada vez mais, faz jus ao título de epidemia. Por acometer 371 milhões de pessoas no mundo (13,4 milhões no Brasil), a diabete atemoriza porque é considerada hoje uma das principais causas de morte nos quatro cantos do planeta devido às suas complicações. Entre essas consequências, estão doenças cardiovasculares e problemas na visão e nos pés.

“Precisamos bater sempre na tecla da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento certeiro. Tudo isso ajuda a evitar possíveis contratempos que podem acompanhar a diabete”, alerta a endocrinologista Geisa Macedo, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes/Regional Pernambuco (SBD/PE). Ela ressalta que é necessário abraçar atividades educativas capazes de fazer com que a população perceba o quanto é importante adotar hábitos saudáveis para blindar a saúde contra a doença.

Nesse sentido, várias associações se unem, ao longo deste mês, para abrir os olhos da sociedade sobre os efeitos causados pelo desarranjo do açúcar no sangue. A Prefeitura do Recife, por exemplo, promove hoje uma série de ações no Centro Médico Senador Ermírio de Moraes, em Casa Forte, na Zona Norte, para orientar sobre a diabete.
Também para marcar o dia mundial de combate à doença, a Associação Pernambucana do Diabético Jovem (APDJ) convida a população para participar hoje de atividades na Praça de Boa Viagem e em posto de atendimento montado em frente à Padaria Boa Viagem.

“Trabalhos de orientação são fundamentais para o sucesso do tratamento. O paciente que compreende bem a doença e as formas para mantê-la sobre controle consegue alcançar um bom resultado”, diz Geisa Macedo, ao frisar que a educação em diabete deve sempre andar de mãos dadas com o tratamento medicamentoso.

Instruir a população tem se tornado um trabalho que não pode ser colocado em segundo plano, especialmente quando se leva em consideração o cenário de desconhecimento sobre a doença.

Infelizmente, o brasileiro não relaciona atividade física e cuidados com a alimentação como formas de prevenção do tipo 2 da enfermidade. Além disso, a maioria também acredita em velhos mitos, como a falsa ideia de que basta evitar o consumo de açúcar (e somente esse ingrediente) para deter o aparecimento da doença.

Em Pernambuco, 96% das pessoas acham que a diabete pode ser prevenida apenas com o corte da ingestão de açúcar e doces. Os resultados estão na pesquisa “Diabetes: mude seus valores”, divulgada pela SBD. “Essa falsa percepção é uma prova de que nosso trabalho de educação não pode parar”, finaliza Geisa Macedo.

Fonte: JC Online

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)