Cais do Sertão trará Luiz Gonzaga e ares sertanejos à Capital pernambucana
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
“O sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão”, profetizou Antônio Conselheiro. A afirmação, hoje já corriqueira, aponta que o previsto em Canudos ainda no século XIX ganha sentido no Recife contemporâneo. O Centro Cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga, que avista o mar, está prestes a comprovar a tese. Na tarde desta terça-feira (20), uma coletiva de imprensa reuniu a equipe de arquitetura, engenharia e curadoria do museu para apresentar detalhes do projeto arquitetônico, diferenciais técnicos e o atual estágio da obra, prevista para ser entregue no próximo dia 13 de dezembro.
Situado no local do antigo Armazém 10 do Porto do Recife, o moderno centro cultural abriga, de maneira arrojada, a alma do Sertão e de seu maior cantador: o rei do baião Luiz Gonzaga. É o mestre Lua o fio condutor da empreitada que busca trazer elementos do cotidiano sertanejo tão presentes na obra do sanfoneiro pernambucano. O arquiteto Marcelo Ferraz, responsável pela obra, apresentou de que maneira irá se dar a relação. “Uma casa grande pra Luiz Gonzaga. Junto a ele, vem todo o sertão: cultura, história, gente, materiais e modos de viver. A ideia é que isso seja vivido aqui – dentro de uma metrópole moderna que é Recife, na beira do mar. Por isso é que ele é o Cais do Sertão, o sertão que chegou à beira da água, que virou mar”, explicou.
Em meio às construções tradicionais do Bairro do Recife, o novo equipamento traz ao entorno da área uma composição estrutural que pode ser considerada como marco arquitetônico na cidade. O projeto é ousado desde sua constituição física – o concreto aparente pigmentado, que remete a uma pedra do Sertão do Piauí; e uma máscara de cobogós, criados especialmente para a instalação, com linhas livres que representam ao mesmo tempo a renda, a terra trincada e a visão do sertanejo da galhada na caatinga.
O conteúdo curatorial das exposições permanentes se tornou determinante para a definição da estrutura física do lugar. Logo à entrada, um juazeiro típico e trazido do Sertão convida os visitantes para sentarem-se à sua sombra. Em seguida, o ambiente espaçoso característico de armazéns toma novas formas. A começar por uma estrutura metálica em forma elíptica revestida de chapas de aço, batizada de Útero, que chama a atenção pelas suas dimensões e forma. Adentrando o lugar, é possível se encontrar às margens do rio São Francisco. Águas correrão em um grande espaço expositivo que apresentará as principais dimensões da vida no sertão. A música de Gonzagão compõe a trilha das sete áreas que retratam a história sertaneja: Ocupar, viver, trabalhar, cantar, criar, crer e migrar.
O centro cultural e museu está dividido em duas edificações – Módulo 1 e Módulo 2. No Módulo 1, que será lançado já no próximo dia 13 de dezembro, será instalado o museu. Já o Módulo 2 compreende o Centro Cultural com auditório, salas para oficinas, restaurante, café e espaços de ambientação e convivência. As obras físicas estão em fase de execução, e esta segunda etapa tem previsão de inauguração no final de 2014.
Fonte: Folha-Pe
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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