Cama de D. Pedro I e acervo histórico de museu correm risco de destruição
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Peças como a cama onde dormiu Dom Pedro I, entre outras dos séculos 18 e 19 que compõem o acervo do Museu Major Levy Sobrinho, em Limeira (SP), estão ameaçadas pelo armazenamento inadequado. O diretor do museu, José Eduardo Heflinger, disse que os objetos não foram embalados de forma correta. “Esta não é a maneira certa de guardar documentos históricos. De jeito nenhum.”
As relíquias que resistiram ao tempo foram levadas de forma “provisória” para a estação ferroviária da cidade, já que o museu está fechado para reforma desde 2009. São mais de 3 mil peças, como a liteira (cadeira portátil) onde escravos carregavam os senhores, além de diversos quadros doados por famílias. “Estas obras estão todas infestadas de cupins. Molduras foram retiradas pelo estado deplorável de deterioração”, disse o diretor do museu. Estima-se que 70% do acervo estejam corrompidos.
Uma cópia do quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, por exemplo, está deteriorada. O município, que é berço da imigração europeia, guarda ainda registros mais recentes em vídeos, mas também mal conservados. “Temos imagens da festa da laranja de 1953, infortunadamente o filme ficou deteriorado”, disse Heflinger. Até fungos são achados nos vídeos, falou o diretor do museu.
Alguns documentos de época estão corroídos pelo tempo e pelo descaso. “A recuperação em papel é possível, mas informações perdidas em parte dos documentos jamais são recuperadas”, afirmou Heflinger.
Força-tarefa da história
Em outra área do prédio, uma força-tarefa trabalha pela preservação dos materiais. O relógio de parede que está aos pedaços passa pelo processo de limpeza. Fotos do século 19 também são higienizadas por meio de um processo trabalhoso e paciente. As peças também são fotografadas para digitalização e o reinventário.
Depois disso, a embalagem é feita com material adequado, com TNT, papel arroz e plástico bolha. É a tentativa de salvar o que sobrou da memória da cidade. O reinventário das peças está sendo feito junto com o sistema estadual de museus. A previsão é de que dure três meses.
Já a reforma do museu deve ser finalizada até o final deste ano. Esta é a previsão para que as obras do acervo voltem para o local de origem em melhores condições de conservação.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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