Camisinha feminina, essa desconhecida: preservativo promove autonomia da mulher, mas é pouco usado

O preservativo feminino, ao contrária da camisinha, ainda é tida como a mais esquisita das formas de prevenção às DST/Aids. Muitas mulheres têm vergonha ou se mostram constrangidas no manuseio do produto. Para complicar, a quantidade distribuída pelo Ministério da Saúde aos Estados é considerado insuficiente pelas organizações feministas e de combate ao HIV.

O principal problema é a distribuição. O Ministério da Saúde mostrou uma gradativa diminuição no número de preservativos desde 2008. Em 2011, a compra chegou a ser interrompida. No segundo semestre do ano passado foram adquiridas pelo ministério 20 milhões de unidades. Segundo o Programa Nacional de DST e Aids, o preço foi o principal motivo para a parada na distribuição. A compra por unidade ficou por R$ 1,36. A camisinha masculina não chega a R$ 0,40. Em farmácias do Grande Recife, é possível encontrar até por R$ 10.

Faltam incentivos para o uso da camisinha em Pernambuco. E isso afeta diretamente mulheres em posição mais vulnerável em relação à prevenção. A crítica é da Gestos, ONG do Estado que atua há mais de 30 anos na luta dos direitos das mulheres. “O preservativo feminino dá mais autonomia à mulher, pois ela não depende do homem para se previnir”, diz Jô Santana, coordenadora da instituição.

“Faltam campanhas para incentivar o uso, mostrando às pessoas que é um produto seguro, simples. Não vemos uma abordagem estimulante, mas pelo contrário, sempre é levantado algo negativo antes de mostrar os benefícios”, diz. “Também é preciso ter em maior quantidade, pois só assim será possível uma adaptação”. Foram destinadas ao Estado 42,5 mil unidades, sendo 27 mil para o Recife, segundo dados do Ministério.

Procurada, a Secretaria de Saúde do Governo do Estado disse que não existem atualmente campanhas ou planos para incentivar a popularização da camisinha entre as pernambucanas.

A camisinha feminina segue uma distribuição de acordo com critérios de vulnerabilidade e tem foco em profissionais do sexo, mulheres atendidas pelo sistema prisional, usuárias de drogas e mulheres vivendo e convivendo com doenças sexualmente transmissíveis. ‘O preservativo também está disponível nos serviços de atenção à saúde para mulheres com dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro”, segundo dados do portal da Saúde, do Governo Federal.

Feita de poliuretano, um material mais fino que o látex usado no preservativo masculino, a camisinha feminina vem sendo considerada mais segura no combate às doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. É também mais lubrificada. Semelhante a uma “bolsa” de cerca de 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro, ela possui dois anéis flexíveis, um deles móvel e com extremidade fechada, para colocar no fundo da vagina.

Ao contrário do masculino, a camisinha feminina pode ser colocada até oito horas antes de uma relação sexual. Mesmo com um design pensado para elas, o preservativo ainda é desconhecido por muitas mulheres. Rita (nome fictício), 28 anos, disse que sente “vergonha” em usar o preservativo em uma relação, mas reconhece que é mais prático. “Faz um barulho estranho, fica aquela situação constrangedora no início. Mas é só levar no bom humor”, disse. “Costumo usar, mas admito que muita coisa ainda pode mudar. Poderiam criar opções aromáticas ou com sabor, como a masculina”, disse a gerente de produtos, Luciana Almeida. “A vantagem maior para mim é que posso usar antes do ato. Não precisa estar excitado, como é o caso do homem”.

FÁBRICA –
O Governo anunciou ano passado que planeja A camisinha feminina chegou ao mercado brasileiro em 1997, quando foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sua comercialização. Desde então, o Governo já comprou 36 milhões de unidades (contando a compra do ano passado, de 20 milhões). O número ainda é pouco em relação ao número potencial de usuárias. Só em 2012 foram distribuídas 493 milhões de preservativos masculinos.

Em 2011 , o Governo levantou a possibilidade de fabricar camisinha feminina na fábrica de Xapuri, onde já são feitos preservativos masculinos desde 2008. Como a unidade trabalha com látex, está sendo analisada uma transferência de tecnologia para o uso de poliuretano, material de que é feito o preservativo feminino importado.

Fonte: NE10

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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