Consumidor já paga até R$ 3 por litro de gasolina
O reajuste dos combustíveis já foi repassado para o consumidor com um acréscimo nas bombas entre R$ 0,10 e R$ 0,12 por litro. Nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, o preço por litro chegou a superar os R$ 3. O aumento fez com que os motoristas corressem até os postos para aproveitar os preços antigos. Por volta do meio-dia, o taxista Antônio Fernando de Lima, de 65 anos, abasteceu o tanque do seu carro antes que um posto da Avenida Sumaré, em São Paulo, reajustasse os preços. “Preciso aproveitar. Não tenho como aumentar o valor da corrida para o cliente”, disse ele, taxista há 28 anos.
Naquele posto, a economia de Lima foi de R$ 0,10 por litro – o preço da gasolina comum passou de R$ 2,699 para R$ 2,799 – uma alta de 3,7% – duas horas mais tarde. “O problema, agora, é que só Deus sabe quando vou poder aumentar a tarifa da corrida”, disse. “Por enquanto, vou ficar com o prejuízo”, afirmou.
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O governo federal autorizou a Petrobrás a aumentar o valor dos combustíveis nas refinarias na terça-feira. A gasolina foi reajustada em 6,6%, e o óleo diesel, 5,4%. Em alguns postos, porém, a alta superou o reajuste permitido. Na região de Pinheiro, em São Paulo, o preço do litro aumentou 7,6% em um posto, de R$ 2,599 para R$ 2,799.
Na Bahia, os postos de combustíveis também podem reajustar os valores da gasolina e do óleo diesel acima do previsto pelo governo. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-BA), José Augusto Melo Costa, os reajustes nas bombas de combustível devem ficar em torno de 6,7%, no caso da gasolina, e por volta de 5,9%, no do óleo diesel.
Nas duas principais cidades da Bahia, Salvador e Feira de Santana, os novos preços começaram a ser registrados na manhã de ontem. Segundo o sindicato, o preço médio do litro da gasolina em Feira de Santana passou de R$ 2,76 para R$ 2,94. Em Salvador, os aumentos ainda não atingem a maioria dos postos, mas já há estabelecimentos cobrando R$ 3,06 pelo litro da gasolina comum.
DILUIR A ALTA – Para não espantar os clientes e por causa da concorrência, alguns donos de postos tentam diluir a alta, repassando um valor menor do que o reajuste já anunciado. “Ainda não sabemos de quanto vai ser o reajuste, mas só vamos repassar aquilo que vier da distribuidora”, disse Fernando Sobral, gerente de outro posto na Avenida Sumaré.
No Estado de São Paulo, segundo o Índice de Preços Ticket Car, o preço médio do litro da gasolina encerrou o ano passado em R$ 2 689. No País, a média foi de R$ 2,884. “É difícil prever de quanto será o aumento, tem a ver com a questão de mercado”, afirmou Eduardo Lopes, coordenador de produto Ticket Car.
É possível, diz ele, é que os donos de postos possam, inicialmente, absorver parte do impacto. Além disso, a política dos reajustes diluídos pode se confirmar porque o preço do etanol tende a subir até maio por causa da entressafra da produção de cana-de-açúcar.
AUMENTOS – Em Cuiabá, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) informou que o preço médio da gasolina aditivada deve sofrer reajuste entre 3% e 3,5%. Os aumentos vão ser praticados a partir de hoje. Há postos que recebiam o diesel a R$ 2,17 e passaram a pagar pelo mesmo produto R$ 2,25. A gasolina custava R$ 2,50 e, agora, passou para R$ 2,61 e o etanol de R$ 1,52 subiu para R$ 1,60.
Fonte: Agência Estado
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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