O desaparecimento do estudante brasiliense Artur Paschoali, de 19 anos, completa dois meses nesta quinta-feira (21). O jovem saiu no dia 21 de dezembro para tirar algumas fotos na região do Machu Picchu, no Peru, e desde então não voltou nem manteve contato com amigos e/ou familiares. O irmão do rapaz, o engenheiro civil Felipe Paschoali, disse que agora a polícia começou a investigar o caso como crime e o foco é descobrir o que realmente aconteceu.

— Desde o início as investigações aconteciam das duas formas: criminal e com as buscas. Como o tempo passou muito, a possibilidade de ele ter simplesmente se perdido diminuiu muito e a de ter acontecido alguma coisa mais séria aumentou. O foco agora é saber o que realmente aconteceu, mas as buscas continuam.

Os trabalhos de buscas são realizados por equipe multitécnica com profissionais do Corpo de Bombeiros, policiais, especialistas em resgate em minas e em rios, além de cães farejadores e helicópteros. Pelo menos 48 profissionais ajudam nos trabalhos para encontrar e resgatar o universitário.

Para o irmão do rapaz, a última novidade sobre as investigações policiais é de que uma mulher que mora em frente a um orelhão onde o Arthur estava hospedado teria visto o jovem fazendo ligações na manhã do dia 21 de dezembro.

— Lá eles usam as fichas ainda para ligar nos orelhões e essa mulher disse que as fichas do Artur estavam acabando muito rápido. Ela disse que ele estava bem inqueito e acreditava que as ligações eram internacionais, porque as fichas acabavam rápido demais.

A família solicitou à empresa telefônica responsável pela região o relatório com os números discados deste orelhão na manhã do dia 21 de dezembro, mas até o momento a solicitação não foi entregue.

Os pais de Artur estão no local acompanhando as buscas desde o dia 2 de janeiro. O irmão do jovem disse que eles continuarão lá até encontrarem o filho ou conseguirem informações sobre o que aconteceu.

— Eles só voltam quando acharem o Artur. As buscas continuam e ainda há esperança. Não temos nenhuma notícia e não sabemos o que pode ter acontecido, o que só aumenta nossa angústia. Mas acreditamos que uma boa notícia virá em breve.

Para incentivar a população local a participar das buscas, a família começou a oferecer uma recompensa de R$ 3,8 mil para quem levar o Artur vivo até eles ou indicar corretamente onde o jovem está. A família também aguarda um posicionamento do Itamaraty para fornecer um advogado, uma vez que a família precisa de assistência profissional porque o caso está sendo tratado de forma mais intensa na esfera criminal.

O irmão do estudante disse que apesar disso, os policiais não dizem quais são as possíveis linhas de investigação, mas a partir de agora nenhuma hipótese está descartada.

— Eles não dizem nada. A minha mãe, que teria que voltar em fevereiro para trabalhar, tirou uma licença por tempo indeterminado e não volta de lá sem o Artur.

Fonte: R7

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)