Dólar Ptax, comercial, turismo: você sabe que “língua” estão falando?

Foto: Maria Eduarda Bione/Esp.DP/D.A PressA alta do dólar, provocada pela expectativa sobre a retirada ou não dos estímulos do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED), à economia norte-americana, tem sido motivo de preocupação nos últimos meses. É que, além de contribuir com o crescimento da inflação, as oscilações no câmbio estão encarecendo o sonho de quem pensa em viajar para o exterior, por exemplo. A importação de produtos também fica mais cara, reduzindo a margem de lucro das empresas e diminuindo o poder de compra do consumidor.

Se você é daqueles que fica de olho na cotação diária da moeda, já deve ter percebido que há diferentes valores pelos quais o dólar é negociado. Nunca reparou? Então é bom ficar atento, já que as taxas praticadas em agências de câmbio ou bancos podem ser diferentes das que você vê nos jornais.

Diferença essa que a dentista Adriana Pimentel, 41, percebeu na prática. Ela e a família estão com viagem marcada para os Estados Unidos, e já sabem que vão investir bastante. “Acompanhei a cotação todos os dias, e percebi que o dólar turismo era o mais caro de todos”, afirma. Ela se queixa sobre a diferença de valores na hora da compra. “Eu via uma taxa no jornal, e nas casas de câmbio ou nos bancos era outra. Havia diferença também no valor que os próprios bancos comercializavam.” Essa variação no preço é resultado da flexibilidade da taxa de câmbio no Brasil. “Por mais que haja cotações pré-fixadas, o valor que chega ao consumidor leva em consideração outros fatores”, explica Roberto Ferreira.

Hoje, no mercado nacional, há o dólar comercial, turismo, à vista, além da taxa Ptax. O professor de economia da Faculdade Boa Viagem (FBV) Roberto Ferreira diz que o dólar comercial é utilizado no comércio exterior, e é tomado como referência pelas empresas que importam ou exportam produtos. “Quando a pessoa realiza transferências bancárias para contas fora do país, o valor para conversão também é o (dólar) comercial”, esclarece o especialista em câmbio da agência Recife Câmbio, Pedro Tragana.

Já os brasileiros que pretendem viajar para o exterior devem ficar atentos ao dólar turismo. É com base nele, por exemplo, que as agências de viagem montam os orçamentos e definem os valores que os viajantes terão de pagar. As agências de câmbio e os bancos também trabalham com esse tipo de cotação na hora de negociar a moeda com as pessoas. “É o dólar mais caro. Em média, R$ 0,10 a mais que o comercial”, afirma Tragana, enfatizando que as agências de câmbio e os demais estabelecimentos que comercializam o dólar turismo têm custos (compra da moeda, armazenagem, transporte), e que isso é repassado ao consumidor.

O dólar à vista é utilizado pelas empresas que estão fechando contratos no mercado financeiro. Já a taxa Ptax é um indicador publicado diariamente pelo Banco Central (BC), que leva em consideração todas as cotações já citadas. Ela serve como referência para o ajuste de diversos contratos cambiais.

“Na década de 1990, havia o dólar paralelo e a cabo. Essas modalidades são ilegais, não reconhecidas pelo Banco Central”, explica Pedro Tragana, afirmando que as taxas levavam em consideração a cotação realizada pelos doleiros (pessoas que vendiam os dólares de forma irregular). Hoje, a comercialização de qualquer moeda precisa ser regulamentada pelo BC, e quem o faz sem autorização está sujeito às sanções cabíveis, aplicadas pela entidade.

SAIBA MAIS:
Dólar comercial serve como parâmetro para as empresas, principalmente nas operações de importação ou exportação, além de transferências financeiras. Também é utilizado em transações cambiais entre os bancos e grandes empresas.
Dólar turismo é utilizado para operações relativas à compra e venda da moeda em viagens internacionais. Quando você compra um pacote de viagem ou uma passagem, por exemplo, a cotação adotada é a do dólar turismo, que é a mais alta (R$ 0,10 mais caro, em média).
Dólar à vista é a moeda negociada no mercado de balcão (mercado de títulos que não necessita de um local físico definido para as transações). Pode ser negociado eletronicamente ou via telefone, por exemplo.
Dólar paralelo prática comum nos anos 1990, esse tipo de cotação não existe mais. Era praticada por doleiros (pessoas que comercializavam a moeda) sem a autorização do Banco Central (BC). Hoje, é necessária a autorização do órgão para negociar a moeda.
Dólar a cabo também é ilegal nos dias de hoje. Assemelha-se ao dólar paralelo.
Ptax média de todas as taxas praticadas no mercado, divulgada diariamente pelo Banco Central, que serve como referência para contratos.
Fontes: Banco Central do Brasil e Pedro Tragana, especialista em câmbio da agência Recife Câmbio
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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

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