‘É momento histórico para as vítimas da ditadura’, diz neto de Jango
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Familiares de João Goulart já estão no município de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, para acompanhar a exumação do ex-presidente. Na manhã desta terça-feira (12), João Marcelo Goulart, um dos netos de Jango, afirmou que a análise dos restos mortais do avô trata-se de um “momento histórico” para o país. O processo está marcado para a manhã desta quarta-feira (13). O cemitério e o jazigo da família estão isolados.
“É um momento histórico não só para a família de Jango, mas para o país e para todos as famílias de mortos, desaparecidos, torturados e exilados na ditatura militar. É um momento histórico para todas as vítimas da ditadura”, disse ao G1 João Marcelo, 24 anos, filho de João Vicente Goulart.
A exumação tem como finalidade esclarecer as causas da morte de Jango durante o exílio na Argentina, em 1976. Segundo a versão oficial, o presidente deposto pelo golpe militar em 1964 foi vítima de um ataque cardíaco, mas existe a suspeita de que ele possa ter sido assassinado por agentes da repressão durante a Operação Condor, como foi batizada a aliança das ditaturas do Cone Sul para espionar, prender e matar opositores dos regimes.
Os restos mortais de Jango serão retirados do jazigo da família Goulart no cemitério Jardim da Paz. Depois, serão levados para análise em Brasília, onde o ex-presidente será recebido com honras de chefe de Estado, segundo informou a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. João Marcelo destacou que esse é um reconhecimento que seu avô não teve direito em vida.
“Isso é muito importante para a nossa família. Depois de 37 anos de sua morte, Jango retorna a Brasília como chefe de Estado, com honras que ele nunca teve. Tudo isso a gente acredita que é necessário para o resgate da memória do país, da democracia”, declarou o neto de Jango.
A exumação dos restos mortais do ex-presidente está marcada para começar às 7h desta quinta-feira (13) e não tem hora para acabar. Participam do processo peritos criminalistas da Polícia Federal (PF), duas especialistas argentinas, um uruguaio e um cubano, que participou da exumação do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara. Ele foi convidado pela família. O resultado da análise não tem data para ser divulgado.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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