Em nota, MPL diz não apoiar agressão a coronel, mas cita abusos da PM

O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo afirmou neste domingo que condena a agressão ao coronel Reynaldo Simões Rossi, da Polícia Militar, ocorrida na noite de sexta-feira, após um protesto em São Paulo. Porém, o MPL disse que também não concorda com outros casos de violência – estes de policiais contra manifestantes.

“Não apoiamos o que aconteceu com o coronel da PM, mas também condenamos o atropelamento de manifestantes por um delegado no Grajaú nessa quarta-feira; os espancamentos do Christian em 2006, do Vinícius em 2011 e do Pedro em 2013, dentre vários outros, todos cercados por policiais em atos do MPL”, afirmou o MPL, em nota.

“Os esculachos de adolescentes e moradores de rua dentro e fora das delegacias nessa sexta-feira; os abusos contra mulheres, como aquelas obrigadas a ficar nuas para a revista após a última manifestação; as mais de 100 prisões arbitrárias, os ferimentos por balas de borracha e bombas de estilhaço de ontem; o bloqueio do (Batalhão de) Choque à entrada dos advogados nas DPs; os instrumentos e instrumentistas da Fanfarra do M.A.L. quebrados pela polícia essa semana.”

Coronel da PM é agredido em São Paulo
De acordo com a Polícia Militar, o coronel foi cercado durante confronto entre manifestantes e policiais no terminal Parque Dom Pedro II. Rossi sofreu fratura na clavícula e levou uma pedrada na cabeça, com suspeita de traumatismo craniano. O rádio e a arma do oficial foram roubados pelos manifestantes, mas foram recuperados posteriormente.

No sábado, o coronel afirmou que esteve próximo de ficar inconsciente enquanto era atingido por socos e pontapés de um grupo de mascarados. “Nós fomos surpreendidos por um grupo de vândalos, de criminosos. Eles passaram a agredir a mim e a meu policial. Eu me recordo que eu fui projetado ao solo a partir de uma pancada na cabeça que eu levei. Na segunda onda de agressões, eu já estava perdendo um pouco a lucidez”, disse.

A agressão ao coronel motivou demonstrações de repúdio da cúpula da Polícia Militar, do governo paulista e até mesmo da presidente Dilma Rousseff, que classificou a ação do grupo denominado Black Bloc como uma “barbárie antidemocrática”. “Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP”, disse Dilma em sua conta no Twitter.

O major Mauro Lopes, da Polícia Militar, afirmou na tarde de sábado que a corporação está muito próxima de dar uma “resposta enérgica” contra os manifestantes que depredaram a cidade de São Paulo durante as manifestações, chamando os agressores do coronel de “delinquentes”, por terem agido de forma covarde.

Depois do protesto de sexta-feira, 92 pessoas foram detidas – entre elas, um dos suspeitos de agredir o coronel. Paulo Henrique Santiago dos Santos, que se identificou como comerciante, foi indiciado por tentativa de homicídio e lesão corporal contra o oficial, além de lesão corporal e roubo. Ele foi encaminhado para o presídio de Belém.

Fonte: Terra

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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