Empresas vão além do lucro e abraçam o social
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Educação profissional, implantação de ciclofaixas, debates sobre sustentabilidade e mobilidade. Obrigações do poder público. Em tese. Na prática, o Brasil assiste mesmo é o crescimento no interesse da iniciativa privada em investir recursos e esforços nessas áreas. Ainda que muito tímido, sobretudo em comparação com os países desenvolvidos, o cenário é de evolução. As empresas estão deixando de lado, pouco a pouco, ações pontuais e filantrópicas, para se engajarem no debate de soluções que mudem a vida da sociedade. Temas como desenvolvimento territorial, cidadania, educação e fomento à geração de emprego e renda estão cada vez mais na agenda da responsabilidade social corporativa.
No Recife há vários exemplos que reforçam essa percepção. Desde 2002, a JBR Engenharia, sediada no bairro de Campo Grande e especializada na elaboração de projetos de engenharia e arquitetura, arregaçou as mangas e passou a trabalhar com educação básica, profissional, cidadã e até acompanhamento psicológico de jovens de comunidades vizinhas à sede da empresa, como Chié, Ilha do Joaneiro e Peixinhos. E, a partir do ano passado, passou a realizar ciclos de debates sobre temas caros à população recifense como mobilidade e planejamento urbano.
Outra história que demonstra que as iniciativas vão além do lucro é contada pelas ações do Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social (IJCPM). Trata-se de uma instituição criada pelo Grupo JCPM em 2009 e, desde então, responsável por mudar a vida de quase nove mil pessoas com reforço de escolaridade para jovens de 16 a 24 anos, oficinas, aulas de informática e idiomas e capacitação e qualificação profissional.
Merecem destaque também dois projetos financiados pelo Banco Itaú, dentro da sua política social que elegeu a mobilidade como foco: a ciclofaixa aos domingos e feriados e a expansão do serviços de compartilhamento de bicicletas no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
A diretora de Desenvolvimento Social do IJCPM, Lúcia Pontes, explica que desde o início, a ideia foi trabalhar nas comunidades vizinhas aos empreendimentos do Grupo JCPM. As armas para derrubar as barreiras socioeconômicas são projetos de desenvolvimento das pessoas e inclusão social. “Propiciar oportunidades. Todos os jovens que participam dos projetos são oriundos de escolas públicas. Buscamos criar perspectivas para eles, para que possam competir em pé de igualdade com outros jovens na busca pelo primeiro emprego e para a permanência nos postos de trabalho”, acrescenta.
As ações são implementadas nas fases de construção e operação dos empreendimentos. No caso do RioMar Shopping, no Pina, 5.474 participaram dos programas e, até o momento, 700 pessoas conseguiram um novo emprego no mall após o treinamento fornecido pelo IJCPM, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
A história da JBR mostra, contudo, que investimento social não é fácil. O diretor presidente da empresa, Pedro Pereira Cavalcante Filho, conta que quando tomou a iniciativa de executar as ações foi chamado de maluco. Ainda no início, o plano de blindar o trabalho de vínculos políticos e partidários quase naufraga quando um vereador da comunidade quis se promover com o trabalho. Foi preciso adiar em seis meses o início das aulas para oito adolescentes.
O número de beneficiados hoje, pouco mais de 10 anos depois, é de 30 jovens. As aulas de três meses passaram a ter um ano de duração. E de apenas informática, passou-se a trabalhar reforço de português, matemática, noções de educação ambiental e cidadania e um módulo técnico para Autocad – ferramenta utilizada em larga escala por projetistas. “Perto de 85% das pessoas que passaram pelos cursos ministrados pela JBR obtiveram uma colocação no mercado de trabalho”, comemora Cavalcante Filho. Doze desses egressos estão na própria JBR.
Quanto aos ciclos de debate, o empresário cita a vocação natural da empresa para promovê-los. “Somos uma empresa acostumada a promover discussões de longo prazo. Enquanto empresários, sabemos que o gestor público tem seus problemas. Por isso é mais proveitoso chegar e dizer que temos algumas sugestões que foram discutidas com colaboradores e com a sociedade. Contribuir”.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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