Enem 2012: 38,6% das escolas do país “reprovam” em redação

download (12)A nota da redação “reprova” 38,6% das escolas do país no ensino médio. Esse é o resultado de um levantamento feito pelo UOL com os dados do Enem por Escola 2012 (Exame Nacional do Ensino Médio) divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) na última semana.

Das 11.239 escolas que tiveram participação de ao menos 50% de seus estudantes, 4.435 instituições não alcançaram 500 pontos em redação –nota mínima, segundo o MEC, para o estudante que quer certificação de conclusão do ensino médio. O desempenho médio dos alunos do melhor colégio em redação no exame de 2012 foi de 810,53 pontos.

No levantamento foi usada a média das notas dos estudantes que fizeram o exame voluntário. “É um indicativo de que a maior parte dos alunos que fizeram a prova tiveram nota abaixo da mínima necessária”, afirma Dalton Andrade, professor de informática e estatística da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Como os microdados do exame ainda não foram divulgados pelo MEC, não é possível saber o número de alunos que teve nota inferior ao mínimo esperado para um concluinte do ensino médio.

Das instituições “reprovadas” na redação do Enem, 3.919 são escolas estaduais,377 são instituições privadas28 são escolas municipais e 11 são federais.

Acre, Tocantins, Rondônia e Espírito Santo são os Estados com maior percentual de escolas que não conseguem a nota média de 500 na redação (confira quadro abaixo).

Reflexo parcial

A medida mostra apenas parte do problema da qualidade do ensino médio. Das 27.164 escolas com ensino médio no país, apenas 11.239 (41,37%) aparecem na lista divulgada pelo MEC, que só publica os resultados de instituições com mais de 50% e mais dez alunos examinados.

“O que se imagina é que a nota média superestima a qualidade do ensino geral. No fundo, quem está fazendo o Enem, de maneira geral, é o aluno que tem a expectativa de ingressar no ensino superior”, explica Andrade.

No caso das escolas estaduais, o percentual de instituições com frequência de pelo menos 50% de seus alunos no exame é ainda menor: 31,88% delas estão nos dados do Inep.

“Você pode estar deixando de lado os dados dos alunos mais vulneráveis, mais importantes para considerar a qualidade”, considera Ana Paula Corti, professora do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) e pesquisadora do tema. Para ela, nem os resultados do Enem têm servido para avaliar e melhorar o ensino médio e nem os resultados da Prova Brasil, mais adequada, estão sendo usados para políticas públicas.

A redação não é o único exame em que as escolas ficaram abaixo da média esperada. A média de 1.102 instituições em língua portuguesa não atingiu os 450 pontos exigidos para a certificação do ensino médio. O número cresce quando a prova é a dematemática: 1.479 instituições pontuaram abaixo dos 450 exigidos para a certificação. Mas é em ciências naturais que o problema aparece de maneira mais grave, 2.843 escolas não alcançam a nota mínima de um aluno concluinte do 3° ano do ensino médio.

Medidas necessárias

O desempenho dos alunos no Enem apenas confirma um problema percebido há anos: a baixa qualidade do ensino médio. Para piorar, no ano passado o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apontou redução da qualidade do ensino em nove Estados: Acre, Maranhão, Espírito Santo, Pará, Alagoas, Paraná, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul.

“Não adianta constatar [a deficiência], tem que ver que política pública vai ser feita com isso. Constatar, já constatamos”, critica Ana Paula. “O Enem tem um apelo enorme e não estimula uma discussão séria sobre a qualidade do ensino médio.”

“Do ponto de vista de política pública, [o exame] tem servido principalmente para promover e valorizar as mensalidades das escolas privadas”, aponta Ana Paula, que pesquisou o perfil do candidato do Enem entre 1999 e 2005.

O problema não está apenas na rede pública, mas também em escolas privadas. “Qualquer exame sério que seja feito vai perceber que nossos alunos não atingem os desempenhos esperados”, diz Márcia Malavasi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Para a professora, “faltam livros, salas, carteiras em estado decente. Falta boa formação dos professores, professores que tenham salários adequados”. “Não temos tido investimento suficiente. Nós precisamos de coragem política para fazer investimentos sem fins eleitoreiros na educação”, considera.

UOL procurou o MEC para se posicionar a respeito dos resultados, mas não recebeu resposta até a publicação dessa reportagem.

Fonte: Uol

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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